Dino afirma que André Valadão responderá por incitação à morte de LGBTQIA+

Na ocasião, Valadão incentivou os cristãos da igreja que lidera, a Lagoinha de Orlando (EUA) a "irem pra cima" das pessoas LGBTQIAPN+.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta terça, 4, para se pronunciar a respeito do caso envolvendo o pastor André Valadão. Na publicação, o ministro afirma que o líder religioso “responderá” pelos discursos preconceituosos contra a comunidade LGBTQIAPN+.

“O suposto cristão que propaga ódio contra pessoas, por vil preconceito, tem no mínimo dois problemas. Primeiro, com Jesus Cristo, que pregou amor, respeito, não violência contra pessoas. “Amar ao próximo como a si mesmo”, disse Jesus”, escreveu.

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— Flávio Dino (@FlavioDino) July 4, 2023


Na ocasião, Valadão incentivou os cristãos da igreja que lidera, a Lagoinha de Orlando (EUA) a “irem pra cima” das pessoas LGBTQIAPN+.

No vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver um trecho da pregação, realizada no último domingo, 27, em que o pastor sugere que os fiéis matem as pessoas da população LGBTQIAPN+, afirmando que, se Deus pudesse, ele “matava tudo e começava tudo de novo", mas não pode e, por isso, "agora é com vocês".

“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma o pastor. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, disse ele em um trecho do discurso.

Nesta segunda-feira, 3, a deputada federal, Erika Hilton (Psol) pediu a prisão de André Valadão. Junto ao Ministério Público de Minas Gerais, a parlamentar protocolou um pedido de investigação que atribui ao pastor o crime de incitação e de homotransfobia.

“É importante dizer que a fala, independentemente do contexto em que foi dita, apresenta um perigo de absoluta preocupação, sobretudo no contexto em que o Brasil figura no topo da lista de países que mais matam e violentam pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo”, consta no documento.

O líder religioso, por sua vez, se pronunciou acerca da declaração, alegando que a pregação não era sobre “matar pessoas”.

“Nunca será sobre matar, segregar, mas será, sim, sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio…. sim, cabe ao que crê em Jesus levar a mensagem do recomeço, reset, reinício, nascer de novo e viver não mais para si, mas para Deus e suas leis”, alegou nos stories do Instagram. 

 

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