Cid diz que clima no PDT está "azedo e odiento" e que rumores de saída foram "plantados"

Senador comentou que os rumores que iria deixar o PDT foram "plantadas" para criar indisposição com alas na legenda

O senador Cid Gomes (PDT) afirmou que o clima em seu partido está "cada vez mais azedo e odiento" diante da escalada no embate dos dois grupos na legenda. Em coletiva nesta segunda-feira, 3, o parlamentar avaliou que esperava uma resolução dos conflitos com o fim da eleição, mas a legenda tem feito caminho inverso.

Em silêncio para o cargo de governador na eleição passada, o pedetista afirmou que rumores de que ele iria deixar o partido foram "plantados". A ausência efetiva de seu apoio, segundo ele, se deu por um "sentimento de fraternidade" com o irmão Ciro Gomes (PDT), ex-presidenciável, que era fiador da campanha de Roberto Cláudio (PDT). 

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"Eu tive o gesto de respeito à fraternidade, ao sentimento de fraternidade, que eu não queria por fim com o Ciro e, em respeito a isso, eu me recolhi e achando que depois as coisas (melhorariam), mas infelizmente não é o que houve. Cada vez mais está mais azedo, cada vez mais odiento, cada vez mais passional está o clima no PDT", ressaltou.

Sobre o irmão, Cid evitou novamente comentar sobre a relação entre os dois, mas ressaltou que ambos tinham visões diferentes na política ao governo estadual.

"Jamais, em tempo algum, vou fazer qualquer comentário (sobre Ciro), salvo alguma coisa da divisão política. Ele tinha uma visão que uma candidatura ao Governo no Ceará do PDT podia ajudar na candidatura dele e eu achava que uma candidatura do PDT com o apoio mais amplo cumpriria um papel melhor", ressaltou. Ele voltou a evocar a figuras dos pais como catalizador de sua decisão de não comentar a relação com o irmão.

O senador contestou a tese de que teria sido aprovada uma intervenção da executiva nacional do PDT no Ceará na segunda-feira, 3. Horas após a reunião do grupo, o parlamentar afirmou que, em pauta, havia apenas  a discussão de casos de "falta de ética ou disciplinar". Segundo ele, não há procedimentos como este (intervenção) no Estado e, por isso, ele se absteve da votação. 

O novo impasse acontece a poucos dias da reunião de aliados de Cid, convocada por ele na última quinta-feira, 22. O encontro aconteceu para colher assinaturas na tentativa de possibilitar uma destituição do deputado federal André Figueiredo do cargo de presidente estadual da sigla. 

"André (Figueiredo), que vinha se comportando como magistrado, de um certo momento para cá, resolveu tomar partido ao ponto de dizer com a reunião de eleitores dele que estava tomando partida de 20% em detrimento de 80%", criticou Cid.

Saída "plantada"

O senador comentou que os rumores que iria deixar o PDT foram "plantadas" para criar indisposição com alas na legenda. Segundo ele, não houve procura de sua parte. Houve rumores de que ele poderia deixar a sigla e migrar para o Podemos, hoje no controle de seu aliado, o prefeito de Aracati Bismarck Maia. 

"Eu lamento profundamente que durante muitos meses plantou-se a notícia no Ceará de que eu iria sair do PDT. Eu nunca manifestei a ninguém, nunca procurei ninguém. Disseram que eu procurei o Kassab (Gilberto Kassab, secretário de Governo de São Paulo, do PSD). Depois disseram que eu ia para o Podemos. Tudo notícia plantada para nos indispor, a mim e um grupo que eu sou instado a representar", afirmou ainda. 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

crise PDT Ciro Cid Gomes Ceará

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar