Cid Gomes sobre André Figueiredo: "A verdade não pode ficar com dois"

O deputado disse que a reunião deliberou a passagem de funções entre as instâncias

O senador Cid Gomes (PDT) e o deputado federal André Figueiredo travam narrativas sobre o que teria acontecido na reunião do diretório nacional do PDT. O deputado afirma que foi decidido passar os poderes da executiva do Ceará para a nacional, enquanto Cid argumentava que não foi mencionado nada relacionado a isso. "O que digo é para esclarecer a verdade ou eu estou mentindo ou alguém está mentindo. A verdade não pode ficar com dois", disse o senador em coletiva. 

Segundo o senador, a reunião foi convocada para tratar do artigo 67 do regimento interno da legenda, que fala sobre casos de "falta de ética ou disciplinar" e o âmbito nacional poderia "avocar" as decisões. "Estamos pedindo os vídeos e a ata do partido, está aqui 20 testemunhas. Estavam todos presentes que não se falou intervenção, falou-se da aplicação do artigo 67", disse. 

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Cid afirmou que disse a Figueiredo que "não há nenhum processo instaurado no PDT do Ceará". "Esse artigo não permite avocar as competências de uma instância inferior, ele permite avocar um processo que esteja em uma instância inferior e que esteja sendo apreciado", afirmou. 

Em sua visão, "talvez fosse um desejo" da executiva nacional de dissolver o diretório estadual. "Talvez seja o desejo, mas o artigo não permite e nenhuma outro artigo no estatuto o estatuto do PDT (também não permite", ressaltou. 

Em outra frente, o deputado disse que a reunião deliberou a passagem de funções entre as instâncias. "No direito administrativo, é transferência de uma competência de uma instância inferior para instância superior", disse o parlamentar, que aglutina a presidência estadual do Ceará e nacional. Segundo ele, a presidência estadual agora vai ser dirigida pela executiva nacional e o diretório “trouxe para si a responsabilidade”.

A reunião foi uma resposta às movimentações do senador Cid Gomes (PDT) e seus aliados que articulavam uma reunião na sexta-feira, 7, para destituir Figueiredo do cargo de presidente estadual. Conforme Cid, a convocação está mantida e seria amparada pelo regimento interno da legenda. Na última quinta-feira, 22, Cid e aliados se reuniram para colher assinaturas para oficializar a reunião.

O senador afirmou que o encontro já era de conhecimento do ministro Carlos Lupi, licenciado da liderança nacional do PDT para assumir a Previdência do Governo Lula.  "André, que vinha se comportando como magistrado, mas de um certo momento para cá resolveu tomar partido ao ponto de dizer com a reunião de eleitores dele que estava tomando partido de 20% em detrimento de 80%", disse. 

Isso, segundo ele, partiria do desejo da "maioria" dos filiados do Ceará de "virar a página" da eleição de 2022. "São essas forças que querem refazer a aliança com o PT, uma aliança de 20 anos no Estado do Ceará e que foi desfeita agora nessas eleições, e que nem o resultado da eleição foi capaz de fazer com que esse segmento mais radical do partido compreendesse", disse. 

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