Bolsonaro diz que esquerda quer eleição sem concorrente: 'Seria eleger Lula por aclamação'

Ex-presidente é julgado nesta quinta-feira no TSE por acusação de abuso de poder político

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ser alvo de "julgamento político" no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo objetivo seria prejudicar a direita nas eleições presidenciais.

"A esquerda quer uma eleição em 2026 sem concorrente, um WO", afirmou no Aeroporto de Brasília, antes de o ex-presidente embarcar para o Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 29 — dia em que o julgamento sobre a ação é retomado no TSE.

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"Está dispensada a eleição de 2026, sem um concorrente à altura. Seria eleger o Lula por aclamação", acrescentou.

O ex-presidente classificou como uma "injustiça" a possibilidade de ficar inelegível por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro disse que a reunião com os embaixadores, realizada no período pré-eleitoral no ano passado, foi uma resposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal 9STF) Edson Fachin, que se reuniu com diplomatas meses antes para defender o sistema eletrônico de votação das urnas. "Não tem nada demais minha a reunião minha com embaixadores. É uma política privativa minha", disse o ex-presidente.

Até grupos da esquerda, na visão de Bolsonaro, estariam se posicionando contra o absurdo. "Até a esquerda, através do Rui Costa (Pimenta), (presidente) do PCO, está dizendo que o julgamento é um absurdo", afirmou. Ele se refere a uma declaração do líder do partido de extrema-esquerda em um podcast, que afirma que a esquerda não deveria apoiar uma "condenação política, por um crime de opinião", com o risco de os políticos desse espectro também serem punidos futuramente.

Julgamento no TSE

Nesta quinta ocorre o terceiro dia do julgamento do TSE que definirá o futuro de Bolsonaro. A Corte julga se o ex-presidente usou a reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022, para promover a candidatura à reeleição.

No encontro, colocou sob suspeita o sistema de votação brasileiro e as urnas eletrônicas, sem apresentar provas - retórica que deu o tom da campanha bolsonarista em 2022.

O ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, votou pela inelegibilidade de oito anos do ex-presidente, absolvendo o vice-presidente da chapa, Walter Braga Netto, na sessão de terça-feira, 27.

A expectativa é que a sessão termine nesta quinta, se não houver pedido de vista (mais tempo para análise). Nesse caso, se algum ministro interromper a votação, a conclusão do julgamento fica para o próximo semestre.

O prazo para devolução da vista é de 60 dias, após o recesso do Judiciário, em julho. Na sessão desta quinta, o primeiro ministro a votar é Raul Araújo.

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