Segurança é reforçada em Moscou após início de motim de grupo paramilitar Wagner

Conforme veículos internacionais, a Praça Vermelha, cartão postal e símbolo da cidade, foi bloqueada por policiais

A capital da Rússia, Moscou, está em estado de alerta máximo neste sábado, 24, com a movimentação do grupo paramilitar Wagner em direção à cidade. O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, em seu canal oficial do Telegram, disse que foi montado um esquema "antiterrorismo", com reforço na segurança, e recomendou que os moradores não deixem suas residências.

O pedido acontece com a escala da crise envolvendo o grupo de mercenários e o governo russo. O presidente Vladimir Putin acusa o grupo de traição e prometeu retaliações, segundo discurso televisionado.

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Conforme veículos internacionais, a Praça Vermelha, cartão postal e símbolo da cidade, foi bloqueada por policiais. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, soldados russos teriam posicionado uma metralhadora na capital.

Os residentes e visitantes de Moscou estão sendo solicitados a evitar ao máximo qualquer viagem dentro dos limites da cidade. "Peço que evitem ao máximo circular pela cidade. O trânsito pode ser bloqueado em alguns bairros e em algumas estradas", escreveu. O prefeito enfatizou que os serviços municipais estavam operando em modo de alerta máximo.

Policiais armados estão se reunindo no ponto onde a rodovia M4, por onde os mercenários estão de movimentando em direção a Moscou. 

No mesmo comunicado, o prefeito anunciou que segunda-feira, 26, será considerado dia não útil, com exceção de autoridades e empresas de ciclo contínuo, complexo militar-industrial e serviços urbanos.

Entenda a crise na Rússia com o Grupo Wagner

Yevgueni Prigozhin, de 62 anos, divulgou uma série de mensagens na noite de sexta-feira e na madrugada deste sábado, 24, afirmando que ele e suas forças entraram na cidade russa de Rostov, no sul do país, e que tomaram suas instalações militares.

Há meses, Prigozhin tem se envolvido em uma disputa pelo poder com os comandos militares russos, aos quais responsabiliza pelas baixas em suas tropas no leste da Ucrânia.

Neste sábado, Prigozhin acusou o comando militar russo de ordenar bombardeios contra as bases de seu grupo paramilitar e de ter matado muitos de seus combatentes. O líder do grupo Wagner afirmou que é preciso "frear" as lideranças militares russas e prometeu "ir até o final".

Este motim representa o mais grave desafio ao qual Putin teve que enfrentar em seu longo mandato, e a crise de segurança mais importante para a Rússia desde que chegou ao poder, ao final de 1999.

A situação poderia desviar a atenção e os recursos em plena ofensiva na Ucrânia, e coincide, ainda, com a contraofensiva anunciada por Kiev para recuperar territórios.

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