Ciro prefere Figueiredo ao irmão, Cid Gomes, no comando do PDT Ceará
O ex-ministro disse ter levado, durante o período eleitoral, uma "facada nas costas" de ex-aliados no Ceará
13:23 | Jun. 23, 2023
Em evento regional do PDT, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) revelou seu apoio e preferência para que o PDT continue sendo presidido pelo deputado federal André Figueiredo, que hoje aglutina as direções estadual e nacional da sigla. O cargo é pleiteado por seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), com quem tem evitado contato e está com as relações estremecidas após desavenças na eleição de 2022.
"Se o André hoje tem antagonismos dentro do PDT, acreditem, não é pelos defeitos do André, é pelas virtudes do André, pelo compromisso canino com o PDT. Nós demos a palavra que nós respeitamos as tradições do PDT. André, você conta comigo, nós precisamos de você em nome da unidade do partido”, disse durante o evento.
Em evento regional do PDT, Ciro Gomes (PDT) revelou seu apoio para que a legenda continue sendo presidida pelo deputado André Figueiredo.
O cargo é pleiteado por seu irmão, o senador Cid Gomes pic.twitter.com/EJdY8C6iwe
Ciro citou nominalmente o irmão quando disse ter dado passagem para ele e para o hoje ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Os dois sucederam Ciro como governadores do Ceará. O pedetista criticou o monopólio de poder no Estado e disse ser uma desafio "contemporâneo".
"Estive sempre muito dedicado a produzir nos quadros nas novas gerações desde quando eu, Ciro Gomes, por opção minha, me tornei inelegível no Ceará para dar passagem ao Cid Gomes, para dar passagem ao Camilo Santana. Nunca foi bom pro Estado do Ceará monopólio de poder, coronel no Ceará nunca foi coisa boa. Esse é que se trata contemporaneamente nosso desafio", afirmou.
Ao ser anunciado no palco, Ciro agradeceu os elogios que recebeu de outras lideranças da legenda, que o chamavam constantemente de "eterno presidente". As falas, para Ciro, seriam para ir "compensando as feridas". No período eleitoral, o ex-ministro disse ter levado uma "facada nas costas" de ex-aliados no Ceará. Entre os alvos das críticas, Camilo Santana, por ter rompido com o grupo e escolhido lançar candidatura do PT ao Governo, e o irmão Cid.
"Tenho que começar agradecendo essas pabulagens, esses elogios generosos que os amigos fazem para a gente para ir compensando as feridas, as cicatrizes e as dores, trato delas com muita tranquilidade", disse.
Ciro também não escondeu sua apoio ao prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), que deve ser lançado como candidato à reeleição. Além de elogiar seu correligionário, Ciro "desafiou" oponentes a fazerem mais que Sarto.
"Este é o exemplo de um homem sereno, humilde, digno. Eu quero desafiar nossos oponentes para dizer qual deles seria capaz de ter feito mais que o Sarto em qualquer área. Nós reconhecemos os problemas, mas queremos saber quem fez mais, quem é capaz de fazer mais do que a sequência do Roberto Claudio e do Sarto", afirmou.