Julgamento de Bolsonaro no TSE: brasileiros estão divididos, diz pesquisa

Pesquisa mostra que 47% defende a condenação e 43%, não

12:10 | Jun. 22, 2023

Por: Carlos Holanda
Ex-presidente Jair Bolsonaro (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Os brasileiros estão divididos sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Para 47%, Bolsonaro deve ser condenado por fala sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Já para 43%, Bolsonaro não deve ser punido pelas falas, e 10% dos entrevistados não responderam ou disseram não saber. A pesquisa é de autoria do instituto Quaest.

Assista ao julgamento

O TSE começa a definir nesta quinta-feira, 22, o futuro político do ex-presidente e militar da reserva. Bolsonaro reuniu embaixadores em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, para reunião na qual disseminou desinformação a respeito das urnas.

A pesquisa Quaest foi realizada entre os dias 15 e 18 deste, com 2.029 entrevistas presenciais domiciliares em 120 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com 95% de nível de confiabilidade.

Entre eleitores de Lula no segundo turno, 80% afirmaram que Bolsonaro deve ser condenado. Já 12% do mesmo recorte responderam que não.

Entre os que votaram em Bolsonaro na segunda etapa da disputa, 82% são contrários à condenação, com 13% favoráveis. Já entre os que votaram nulo ou branco, 47% defende a condenação e 33%, não. Aqui, 20% não responderam ou disseram não saber.

Herdeiro político

Em caso de inelegibilidade, o herdeiro direto do capital político-eleitoral de Bolsonaro é o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele é preferido por 33% dos que votaram em Bolsonaro no segundo turno, seguido de Michelle Bolsonaro (24%), Romeu Zema, governador de Minas Gerais (11%), e de Flávio Bolsonaro (5%). O apoio de Bolsonaro a um candidato é determinante para o voto de 64% dos que votaram em Bolsonaro no segundo turno.