Veja quem vota no julgamento que pode deixar Bolsonaro inelegível; há um cearense

O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou cinco dos sete ministros que irão votar

A composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é formada por três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), indicados pelos 11 ministros do STF, e dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), também indicados pelo ministro do STJ. Formam o pleno do TSE, ainda, dois nomeados pelo presidente da República, que faz sua escolha a partir de lista tríplice elaborada pelo STF com juristas oriundos da advocacia.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou cinco dos sete ministros que irão votar, entre os quais o cearense Raul Araújo Filho.

A partir de quinta-feira, 22, eles votam se Jair Bolsonaro (PL) deve ou não ficar inelegível por oito anos por ter usado o Palácio da Alvorada e convocado embaixadores de países para protagonizar apresentação com falsas evidências de que o sistema brasileiro de votação seria passível de fraudes.

A reunião com embaixadores, realizada em 18 de julho de 2022 e transmitida pela TV Brasil e redes sociais, é o que embasou a ação movida pelo PDT contra o então presidente. 

Veja os ministros que votam:

Alexandre de Moraes - presidente do TSE

Cármen Lúcia - ministra do STF

Kassio Nunes Marques - ministro do STF

Benedito Gonçalves - relator do caso, que votou pela inelegibilidade 

Raul Araújo Filho - ministro do STJ

André Ramos - ministro exclusivamente do TSE

Floriano de Azevedo - ministro exclusivamente do TSE

Carmen Lúcia foi nomeada por Lula para o STF em 2006, durante o primeiro mandato do petista.

Benedito Gonçalves, relator das ações que pedem a inelegibilidade de Bolsonaro, foi nomeado pelo petista para o STJ em 2008, no segundo período à frente do Planalto.

Raul Araújo Filho também foi nomeado para o STJ por Lula, em 2010. Natural de Fortaleza, ele é formado em direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em economia pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Ocupou cargos de procurador geral do Estado do Ceará e procurador-geral adjunto, passando pelas gestões de Ciro Gomes (1991-1994), Tasso Jereissati (1995-2002), Beni Veras (2002) e Lúcio Alcântara (2003-2006), todos, à época de governadores, do PSDB. Foi também desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará.

Já André Ramos e Floriano de Azevedo chegaram neste ano ao TSE por nomeação direta do atual presidente para a Justiça Eleitoral.

Desafeto de Bolsonaro, Alexandre de Moraes foi nomeado em 2017 por Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do emedebista. Também ocupou a secretaria de Segurança Pública de São Paulo, entre 2014 e 2016, no governo de Geraldo Alckmin. Ele já havia servido o governo Alckmin, em São Paulo, entre 2002 e 2006, como secretário de Justiça de São Paulo.

Kássio Nunes Marques foi nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o STF. É a esperança de sobrevida do ex-presidente no TSE, pois ele pode pedir vistas do julgamento, o que prorrogaria a decisão por 3 meses, conferindo sobrevida a Bolsonaro. O TSE entra em recesso em julho. O eventual pedido de vista de Nunes Marques pode durar até 60 dias.

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