Operação na Prefeitura de Acopiara achou dólares e maconha na casa de sócio de empresa

O prefeito já havia sido afastado do cargo em outubro de 2022, mas retornou ao comando do Executivo em março deste ano

19:47 | Jun. 21, 2023

Por: Redação O POVO
Operação do MPCE afastou prefeito e servidores de Acopiara, no Ceará, por suspeitas de crimes na administração pública (foto: Divulgação / Ministério Público)

A operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil que afastou pela segunda vez o prefeito de Acopiara, Antônio Almeida Neto (MDB), apreendeu documentos, celulares e computadores. na casa de um dos sócios das empresas envolvidas, foram encontradas ainda as quantias aproximadas de R$ 80,7 mil reais e US$ 6,2 mil dólares, além de munição e maconha. Acopiara fica a 346,8 km de Fortaleza.

São investigados possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos e representantes de cooperativas que prestam serviço à Prefeitura. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão contra o prefeito, a secretária de Gabinete e os empresários titulares das cooperativas. Os mandados foram cumpridos em Acopiara, Iguatu e Fortaleza.

A Justiça determinou ainda que a Prefeitura suspenda o contrato com as cooperativas investigadas. Mas ficou autorizada a contratação de cooperados pelo município por um ano, até que haja concurso público. A investigação aponta que os contratos entre a Prefeitura e as cooperativas iniciaram em 2019 e que mais de R$ 48 milhões de reais já foram movimentados dos cofres públicos para as empresas.

O prefeito foi foi afastado do cargo por 180 dias. Foi dada posse à vice-prefeita Ana Patrícia Barbosa, então vice-prefeita. A chefe de gabinete Antônia Vebeane de Almeida também foi afastada. Servidores são outros alvos da investigação.

 

O prefeito já havia sido afastado em outubro de 2022, mas retornou ao comando do Executivo em março, após decisão da Justiça que revogou o afastamento. No ano passado, Antônio e outros servidores foram alvos de operação do MPCE que investigava suspeitas de crimes de corrupção, fraude em licitações, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.