CPMI convoca general ex-ministro de Lula, ex-diretor da Abin e coronel que pediu golpe

Por acordo entre governistas e a oposição, foram convocados o general Gonçalves Dias, o coronel Jean Lawand e Saulo Moura, ex-diretor-adjunto da Abin

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro aprovou nesta terça-feira, 20,  a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula (PT), general Gonçalves Dias; do coronel de artilharia do Exército Jean Lawand Júnior e Saulo Moura, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

As convocações foram feitas em acordo entre a base governista e a oposição.

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Gonçalves Dias pediu demissão do governo após aparecer em imagens do circuito interno do Palácio do Planalto sem confrontar invasores que depredaram o prédio nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Na última sessão, integrantes da base de Lula, composta por 20 membros, impediram que ele fosse convocado. Gonçalves Dias é alvo agora de 7 pedidos de convocação.

No último encontro, a ala governista também impediu a convocação de Saulo Moura da Cunha. AO assunto voltou à pauta por haver mais cinco requerimentos na pauta com essa demanda.

Quanto ao coronel Lawand, ele trocou mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Lawand cobrava que fosse colocado em prática um plano, em oito etapas, para que as Forças Armadas assumissem o comando do País diante da derrota do ex-presidente nas urnas.

A CPMI abre nesta terça a série de depoimentos. É ouvido o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Silvinei responde pela operação da PRF nas estradas no dia 30 de outubro, durante o segundo turno das eleições presidenciais. Ele já é alvo de inquérito aberto pela Polícia Federal por essa ação. A investigação apura se a operação teria como objetivo atrapalhar a chegada de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula Silva, sobretudo no Nordeste, reduto político do petista.

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