Cid reclama de intimidação e volta a acusar Lira: "Estilo político é o do achaque"

O Conselho de Ética do Senado aceitou, na última quarta-feira, 14, a denúncia contra o senador por ter chamado Lira de "achacador"

O senador Cid Gomes (PDT) considerou como "intimidação" a representação aprovada contra ele no Conselho de Ética pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). O parlamentar manteve a fala em que chamou Lira de "achacador" e disse que o deputado tem o "estilo" de criar dificuldades para o Governo Federal.

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"(Tática de) Intimidação de uma opinião política que tenho e mantenho, o estilo Arthur Lira, e aqui não estou fazendo nada de agressão pessoal. O estilo político Arthur Lira é o do achaque, de criar dificuldade sempre pro Poder Executivo para ampliar a participações sem o menor espírito republicano e público", ressaltou nesta terça-feira, 20.

O Conselho de Ética do Senado aceitou, na última quarta-feira, 14, a denúncia contra o senador por ter chamado Lira de “achacador” durante votação sobre o uso de recursos provenientes do pré-sal, em outubro de 2019. O relator do caso, definido por sorteio foi o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ex-presidente do Senador.

Cid disse que não ia "se intimidar" com a iniciativa de processa-lo. "Mantenho minha opinião política e não vou me intimidar com inciativas de me processar no Conselho de Ética como eu tivesse ferido o decoro. Sou imune e tenho direito de emitir minhas opiniões políticas e é isso que estou fazendo cumprindo meu papel", avaliou. 

O Conselho ainda não julgou o mérito das petições, apenas decidiu se aceitaria as denúncias ou não. Das 13 petições analisadas na sessão, seis foram aceitas e convertidas em uma representação e cinco denúncias. Para cada uma delas foi sorteado um relator, membro do Conselho. "O Senado ouviu um parecer da advocacia do Senado que se limita e diz textualmente que não entra em mérito", disse.

Na época do caso, Lira era líder do PP quando Cid disse que o deputado era um "projeto do futuro Eduardo Cunha". "O Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que, no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para a chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução", disse Cid na época.

Após a fala, Lira acionou o Conselho de Ética do Senado, alegando que Cid “abusou da imunidade parlamentar”.

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