Padilha nega que Lira tenha pedido ministério da Saúde a Lula
Padilha confirmou que a reformulação dos ministérios do União Brasil está na pauta do governo, em meio à iminente demissão da ministra do Turismo, Daniela CarneiroO ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que haverá uma reunião com líderes do União Brasil nesta semana, em meio ao desejo do partido de reformulação dos indicados à Esplanada. O ministro, contudo, negou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha pedido a chefia do Ministério da Saúde.
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"Em nenhum momento Arthur Lira reivindicou qualquer ministério, temos que ser justos em relação a isso", disse Padilha a jornalistas, após reunião no período da manhã com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. "Lula, em nenhum momento, colocou Ministério da Saúde como cota partidária de qualquer partido."
Padilha confirmou que a reformulação dos ministérios do União Brasil está na pauta do governo, em meio à iminente demissão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e à nomeação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) para os próximos dias.
No sábado, 17, o parlamentar se reuniu com o chefe do Executivo no Pará. O encontro foi o primeiro entre ambos. "Esse governo respeita parlamentares e quer o melhor diálogo possível", disse o ministro.
Apesar dos acenos de Lula de que haverá a substituição de Daniela no Turismo para melhorar a relação do governo na Câmara, especialmente com o União Brasil, deputados avaliam que a troca envolve uma pasta "pequena" e não resolve o problema do Executivo. Há algumas semanas, o Centrão já tem se movimentado para controlar o Ministério da Saúde, pasta com um orçamento de R$ 188,3 bilhões neste ano e que foi por muito tempo feudo do PP de Lira.
CPMI dos Atos Golpistas
Padilha ainda comentou a previsão de a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas ouvir nesta semana o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele é suspeito de bloquear estradas propositalmente no dia das eleições para prejudicar o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro afirmou que a CPMI vai "enterrar a teoria terraplanista" de transformar vítimas em culpados e vai provar que os atos golpistas começaram a ser planejados após as eleições, e não foram um acidente do dia 8 de janeiro.
Encontro de Lula com Alcolumbre e Pacheco
O chefe da articulação política do governo ainda esclareceu que não há previsão de encontro de Lula com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre, que estava prevista para esta segunda pela manhã.
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