Líder do governo Lula e ministro cobram no Ceará a queda dos juros: 'Vai ter de baixar'

Críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foram acompanhadas pelo ministro do Desenvolvimento, Wellignton Dias

12:29 | Jun. 16, 2023

Por: Carlos Holanda
José Guimarães no lançamento do Pacto por um Ceará sem Fome, no Centro de Eventos (foto: Samuel Setubal)

Líder do governo Lula no Congresso, o deputado federal José Guimarães (PT) afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, "vai ter que baixar" as taxas de juros sob pena de comprometer os esforços do governo para a retomada do crescimento da economia brasileira. A taxa básica de juros está em 13,75% ao ano.

"É uma luta permanente por essa reconstrução. Nós vamos ter que enfrentar um problema que não é compatível com o que nós estamos fazendo, o de o presidente do Banco Central não baixar as taxas de juros. Ele vai ter que baixar porque, senão vai comprometer tudo aquilo que nós estamos fazendo do ponto de vista da retomada do crescimento da economia brasileira", afirmou Guimarães. 

Ele está presente no Centro de Eventos de Fortaleza para lançamento do programa Ceará Sem Fome, do governo Elmano. Além do governador do Ceará, está no Centro de Eventos o ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias (PT). 

O ministro também fez discurso na mesma linha de Guimarães. O ex-governador do Piauí afirmou que o governo Lula derrota o pessimismo conforme o tempo passa. "Vejam que diziam que a gente iria crescer 0,5 ou 0,7%. Hoje, os mais pessimistas dizem que nossa economia vai crescer dois pontos percentuais."

Dias também afirmou que respeita o Banco Central, mas afirmou que a entidade não pode ser "contra o capital produtivo", sugerindo que o atual comando atuaria em favor do capital especulativo.

"A inflação está em queda, nós temos uma das maiores reservas que um País pode ter, nenhum País do mundo tem as reservas que o Brasil tem. Estamos em crescimento do PIB. Então, do ponto de vista macroeconômico, não tem conversa, não tem explicação a taxa de juros ficar no patamar que está", reclamou em discurso.