CPMI convoca jornalista cearense foragido, acusado de tentar explodir caminhão

Ex-ministros de Bolsonaro também deporão à comissão. Informações do celular do ex-presidente serão compartilhadas com parlamentares

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro aprovou a convocação do jornalista cearense Wellington Macedo de Souza,  suspeito de tentar explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro de 2022. Ele era conhecido pelo compartilhamento de conteúdos extremistas nas redes sociais.

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Quando Damares ocupou o ministério dos Direitos Humanos, Wellington integrou a pasta no cargo comissionado de assessor da Diretoria de Promoção e Fortalecimento do Ministério. A prisão do cearense foi decretada no dia 7, que antecedeu a data dos atos terroristas, por incitação às práticas. Segundo outro dos acusados, Alan Diego dos Santos Rodrigues, preso pela mesma ação, Wellington acompanhou a instalação da bomba em um caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília, na véspera do Natal do ano passado. Alan Diego confessou ter, ele mesmo, colocado o artefato explosivo no caminhão.

O cearense está foragido da Justiça pelo atentado do dia 24 de dezembro. Em abril, ele chegou a se manifestar pela internet e disse que estava na propriedade de um bolsonarista

A CPMI também aprovou requerimento para que dados do celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), obtidos pela Polícia Federal, possam ser compartilhados com a comissão. Outro requerimento prevê o compartilhamento de imagens de câmeras de segurança que registraram os ataques.

A convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi solicitada. Da base de Lula, a relatora e senadora Eliziane Gama (PSD-MA) não descarta a possibilidade de o ex-presidente comparecer aos trabalhos. Com os depoimentos e investigações, ela disse, se poderá concluir se ele será ou não convocado.

Veja os convocados:

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;

Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;

Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente;

Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;

Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF;

Jorge Naime, ex-comandante de Operações Polícia Militar do DF;

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);

Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do DF.

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