Ex-filiado, Bismarck Maia diz que pedetistas vão ficar na legenda para levar Cid à presidência

O prefeito de Aracati é cauteloso ao avaliar o cenário político e ressalta a independência da legenda mesmo na base do Governo

Recém-chegado na presidência do Podemos, o prefeito de Aracati, Bismarck Maia, vem trabalhando para repaginar a legenda, antes mais ligada à oposição e hoje em rota de adesão ao governo de Elmano de Freitas (PT). Migrante do PDT, o gestor afirma que pedetistas têm lutado para que o senador Cid Gomes (PDT) assuma a titularidade da legenda. 

O prefeito deixou o PDT no início de maio em meio a conflitos dentro da sigla. Na época, a saída de integrantes do partido era especulada, entre elas, a do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, cogitado para disputar a Prefeitura de Fortaleza pelo PT ou outros partidos. O Podemos era tido como uma possibilidade para os insatisfeitos.  

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No entanto, Bismarck avalia que a vinda de dissidentes da legenda não é esperada porque os pedetistas “vão lutar” para oficializar Cid na presidência. O senador já manifestou o desejo de assumir o cargo e proclamou representar o “desejo majoritário” dos filiados. Ele é dos articuladores da ala que acredita em uma possível retomada do grupo político formado pelo PDT e pelo PT.

O prefeito disse ter tratado diretamente com o Podemos nacionalmente para assumir o cargo, mas que Cid ficou “feliz” pela chegada de uma nova legenda para o arco de aliança.

“Ele sinaliza que não quer sair do PDT. Desde que estava no governo, ele atuava para botar para dentro o maior número de partidos e trazer para a base. Eu acho que ele vai ser presidente. Acho que eles (os pedetistas) vão lutar para isso. A grande maioria está do lado dele (de Cid)”, aponta Bismarck Maia ao O POVO.

Ele cita, na lista de apoiadores, seus dois filhos: o deputado federal Eduardo Bismarck, articulador da bancada cearense, e o deputado estadual em exercício, Guilherme Bismarck. Mesmo com a proximidade, Bismarck faz ressalvas quanto ao papel do Podemos em relação ao PDT.

“Estamos na base, mas temos um papel de crescimento, de avançar nessa questão. Cid tem Sobral, Domingo (Filho, presidente do PSD) tem Tianguá, cada um tem que viver da sua terra. Cada um quer ter um dirigente para fortalecer (seus partidos)”, ressalta. 

Bismarck Maia fala em expandir número de filiados do Podemos no Ceará

Assim como fez Chiquinho Feitosa no Republicanos, movimentação que também fortaleceu a base do governador, Bismarck fala em expandir o número de filiados, entre prefeitos e possíveis candidatos.

O gestor projeta que o partido será “movimentado” com conversas em curso com políticos de, pelo menos, 15 municípios, além dos que já são comandados pelo partido. Um caso é o de Gledson Bezerra, à frente de Juazeiro do Norte, que era visto como uma possível perda para o Podemos.

O próprio prefeito confirmou que vai permanecer e Bismarck projeta o fortalecimento do apoio a sua gestão. Gledson era ligado ao senador Eduardo Girão, que deixou a sigla para se filiar ao Novo.

O foco em 2024 também é refletido na nova composição do Podemos no Ceará: o prefeito de Baturité, Herberlh Mota, eleito inicialmente pelo PL, é o 3º vice-presidente, enquanto Samuel Cidade Werton, titular de Santana do Cariri, é o secretário-geral.

O diálogo tem sido também para mediar a visão dos filiados, antes mais ligados à oposição. "Muitos estão sinalizando (que vão permanecer). Eles estão sentindo as necessidades dos municipais, estão querendo participar com entusiasmo", pontua.

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