Sessão da Câmara de Pacajus tem suspeita de homem armado, polícia no plenário e revista geral

Vereadores de Pacajus decidiam sobre investigação contra atual gestão, mas sessão foi interrompida para revista após relato da presença de pessoa armada na sala

Em meio a tensão e tumulto, a Câmara Municipal de Pacajus criou nesta quinta-feira, 1º de junho, uma comissão que irá investigar a denúncia de irregularidades no repasse da previdência dos servidores públicos municipais. O caso envolve o prefeito da cidade Bruno Figueiredo (PDT) e o vice-prefeito, Francisco Fagner (União Brasil). O plenário chegou a ser esvaziado devido a relatos da presença de uma pessoa armada.

Em vídeo publicado nas redes sociais da Câmara Municipal de Pacajus, é possível ver o momento em que a sessão é interrompida por policiais militares. As pessoas foram autorizadas a retornar após serem revistadas.

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A sessão avaliava a denúncia feita por um popular, que alega irregularidades por parte da administração municipal no repasse da previdência dos servidores públicos.

Segundo a denúncia recebida, durante os anos de 2020 a 2022, a Prefeitura não teria efetuado os repasses de maneira correta ao Instituto Previdenciário de Pacajus (PacajusPrev), deixando, por exemplo, de realizar o pagamento patronal e contribuição do servidor na data prevista.

Entretanto, indícios apontam que os descontos nos salários dos servidores para a contribuição aconteciam, mas esse valor não era repassado ao fundo previdenciário do município. A falta do repasse teria gerado débito em torno de R$ 50 milhões, segundo a denúncia. 

Os parlamentares decidiram criar uma comissão para investigar o caso. O grupo foi formado por meio de um sorteio e é composto pelos vereadores Juninho do Gaminha (Avante), Eulálio Pontes (MDB) e Ronielly da Aldeia (PDT).

Os trabalhos devem se iniciar na próxima semana, podendo durar entre 60 a 90 dias.

O presidente da Câmara Municipal de Pacajus, Tó da Guiomar (União Brasil), disse ao O POVO que a Casa fez seu trabalho de maneira democrática e justa, seguindo os devidos procedimentos. “Agora entregamos os passos para a comissão e esperamos que ela tome as devidas providências necessárias para que se apure essas denúncias”, afirma ele.

“Se tiverem culpados, que sejam punidos. E se não tiver acontecido nenhum tipo de ato ilícito, que eles sejam inocentados. O papel da Câmara é esse e se deve fazer com maior naturalidade e transparência possível”, completa o presidente da Casa.

Em nota, a assessoria do prefeito de Pacajus, Bruno Pereira Figueiredo (PDT), afirma que a confusão foi uma tentativa de dificultar a sessão que estava em andamento, e que respeita a decisão, embora lamente o ocorrido, "uma vez que, o processo, como iniciou-se, é casuístico e inconsistente".

"A denúncia é um pressuposto frágil, político e que não passa de uma manobra para tomada de comando do executivo, com foco de desestruturar o governo municipal, bem como a cidade, e seu equilíbrio político e social. Os mesmos que votaram a favor da denúncia somaram-se à base aliada por toda gestão e, agora, por interesses duvidosos, recorrem à farsa institucional para derrubar um gestor eleito pela maioria do povo pacajuense e que não cometeu qualquer crime", diz a nota. 

"Lembrando que tais manobras estranhas cometidas por alguns dos membros daquela respeitosa Casa, podem ter relação ou, aparentemente, querem 'tirar o foco' do desvio milionário denunciado pelo próprio prefeito à Justiça, à Delegacia e ao Ministério público contra ex-secretário, ex-tesoureiro, à vereadora, vice-presidente do Legislativo local e seus parentes", acrescentou. 

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