Eunício diz que governo Lula "não tem nem 150 deputados na base" e critica Guimarães
O emedebista chegou a dizer que o líder do Executivo, José Guimarães, fez "galhofa" dos deputadosEm entrevista ao programa O POVO News desta quarta-feira, 31, o deputado federal Eunício Oliveira (MBD-CE) afirmou que o governo de Lula (PT) “não tem base no Congresso” e que a posição da sigla em relação à votação da MP dos Ministérios e do Marco Temporal não é favorável. Ele também criticou a atuação do líder do governo, o deputado cearense José Guimarães (PT).
“O presidente Lula, no meu ponto de vista, errou (com a MP), como errou com essa história do (Nicolás) Maduro (presidente a Venezuela)”, disse. “O governo não tem 150 deputados da base. Eu não votei (a favor do Marco Temporal) porque não ia votar contra os povos originários”, completou.
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Durante a entrevista, Eunício criticou o posicionamento do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), em relação à votação das medidas. “O governo perdeu nas duas matérias, perdeu em requerimento e o líder do governo ficou fazendo galhofa dos deputados. Líder do governo é pra fazer interlocução, não galhofa”, pontuou.
Esta não foi a única alfinetada que o deputado fez ao líder do governo. Quando questionado sobre a conversa entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o presidente Lula (PT), Eunício apontou que Guimarães foi “fonte” para a imprensa e divulgou a articulação privada entre os dois políticos.
“É natural que ele (Lira) se chateie por saber que ia ter uma conversa privada com o presidente da República e o líder do governo vaza essa conversa pra imprensa, pra ser fonte. Líder do governo não é fonte, líder do governo leva a mensagem do governo”, explicou.
A visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil também foi pauta de debate da entrevista. Eunício afirma que a “política externa está destruindo a base do governo” e declarou que o líder venezuelano é um "ditador", não democrata.
"Tem cidade da divisa que entra mil pessoas venezuelanas por dia, porque estão passando fome, porque não tem o que fazer lá. Uma coisa é você defender, negociar bilateralmente com qualquer país, seja de direita ou de esquerda, outra coisa é você fazer ideologia em cima de um processo que está delicado no Brasil”.