Acilon fala em reverter cassação de bancada do PL no TSE: " A verdade será esclarecida"

Quatro deputados podem ter o diploma cassado e o presidente da legenda pode se tornar inelegível por oito anos

O presidente estadual do PL, Acilon Gonçalves, projeta que a legenda vai conseguir reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), que formou maioria na última segunda-feira, 15, para cassar a bancada do PL na Assembleia Legislativa (Alece).

Também prefeito do Eusébio, ele comparou o processo com um jogo e afirmou que o "segundo tempo" será no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a instância em que a parte deverá recorrer caso seja alvo da sanção.

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Acilon, marido de Marta Gonçalves, deputada estadual do PL e uma das possíveis cassadas, afirma que a legenda conseguirá comprovar, por meio dos autos já apresentados, que "tudo ocorreu licitamente e eticamente".

"Vamos provar judicialmente porque é um jogo de dois tempos, primeiro tempo é aqui, segundo tempo é no TSE, independente de como vira o placar. Temos tranquilidade de que a verdade será esclarecida e a verdade mostrará que os quatro deputados vão ficar os quatro anos e eu não ficarei inelegível", disse nesta terça-feira, 16, em evento de assinatura do contrato do Bloco 2 da PPP do Esgotamento Sanitário do Ceará.

A argumentação das ações conta o PL se baseiam sobretudo em torno das candidaturas de Maria Meiriane De Oliveira, que teve 113 votos, e de Marlucia Barroso Bento, com 30 votos.

A Corte considerou também que elas e outras candidatas não fizeram campanha nem presencialmente nem pela redes sociais. Sobre os votos, Acilon questionou que o mesmo aconteceu com outros partidos: "Tem do Psol com 19 (votos) e ai?".

E segue em tom otimista: "Tudo que tá lá nos autos vai mostrar em um momento ou no outro que nós estamos corretos. Nós vamos ganhar".

O julgamento do TRE foi suspenso após o presidente da Corte, Inácio de Alencar Cortez Neto, pedir vistas por divergências nos votos quanto ao pedido de inelegibilidade de Acilon.

Até o momento, dos quatro votos que foram favoráveis à cassação, dois consideraram que o gestor tem responsabilidade pelas supostas fraudes, enquanto dois argumentaram que o prefeito não estaria diretamente ligado à inscrição das candidaturas nos sistemas.

Caso seja mantida a cassação, o partido poderá recorrer da decisão e o TSE julgará se mantém ou revoga a decisão da Corte estadual. Em caso semelhante, durante o julgamento sobre fraude de cota de gênero da chapa de vereadores do Cidadania em Itaiçaba, as instâncias divergiram: TRE foi contra a cassação e o TSE foi a favor.  (colaborou Carlos Holanda)

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