Camilo: não havia diálogo no governo Bolsonaro e Lula mandou 'abrir portas do MEC'

Além de tecer elogios à gestão do petista, o ministro mencionou quanto foi investido na Educação do país nos últimos quatro meses

Durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira, 12, no Centro de Eventos do Ceará, o ministro da Educação, Camilo Santana avaliou o período difícil que o Brasil enfrentou no setor da Educação nos últimos quatro anos e afirmou que e Lula fez mais pela Educação que qualquer outro presidente do Brasil. 

“Eu sou testemunha disso porque eu fui governador do Estado e não havia diálogo com estados e municípios. A primeira orientação que o presidente me deu foi: ‘Camilo, você precisa abrir as portas do MEC, você precisa ouvir as pessoas, ouvir professor, ouvir aluno, ouvir as universidades”, disse.

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Ele lembrou que, na primeira reunião realizada por Lula, em janeiro, foram convidados todos os reitores dos institutos federais e universidades do país. Ele mencionou que a ação foi uma demonstração para dizer que o Brasil estava de volta e que a Educação estava de volta. Ele elogiou ainda os feitos de Lula pela Educação, reforçando que o presidente fez mais pelo setor do que qualquer outro chefe de Estado.

“Nenhum presidente da história desse país fez mais pela educação do que o presidente Lula fez nos seus dois primeiros mandatos. Quantos institutos federais foram criados? Universidades, a própria Unilab?”, continuou. “Quantos filhos de agricultores, de pedreiros, de domésticas tiveram o direito de virar doutor, médico, engenheiro, advogado?”.

Ele disse que Lula voltou à presidência para reconstruir o país e dar oportunidade para a juventude e reforçou que, nos quatro meses de gestão, Lula garantiu a recomposição orçamentária das Universidades. “Foram mais de R$ 2,5 bilhões para recompor os orçamentos das Universidades Federais e Institutos Federais. O Programa Nacional de Merenda Escolar (Pnae) há seis anos não tinha um reajuste e o presidente reajustou, dando um reajuste de quase 39% na merenda escolar”, declarou.

Camilo lamentou que a fome seja um dos cenários mais preocupantes para o governo, contudo, afirmou que Lula está “obstinado” a tirar o Brasil do mapa da fome novamente.

Além do Pnae, o ministro comentou sobre outros programas restaurados pela gestão petista, como o Programa Bolsa Família e o Programa Escola em Tempo Integral. Este último foi o motivo pelo qual o presidente visitou Fortaleza.

A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Johnson, no bairro Luciano Cavalcante, foi o primeiro compromisso do presidente, que chegou pouco antes das 11 horas. O ministro da Educação explicou os objetivos do programa e afirmou que, no momento, o Ministério da Educação (MEC) vai propor uma meta inicial de 1 milhão de novas matrículas nas redes de ensino integral. Ele afirmou ainda que o Governo Federal, por meio do MEC, vai disponibilizar R$ 4 bilhões para induzir a política de tempo integral em todo o Brasil.

“Além do apoio técnico e financeiro, nós vamos abrir uma linha de crédito para estados e municípios, primeiro do Banco da CAF, que vai disponibilizar R$ 2,5 bilhões para que estados e municípios construam escolas novas nesse país. Além disso, o BNDES vai colocar recursos para que governadores e prefeitos construam escolas novas de tempo integral nesse país”.

Ao fim do discurso, o ministro agradeceu pela presença do presidente Lula e ressaltou a importância dos investimentos na área da Educação. “Nós sabemos que a educação liberta, dá oportunidade às pessoas” e que “a Educação é um sonho que todo pai e toda mãe tem de ter um filho estudando numa boa escola, tendo uma boa profissão”.

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