Deputado diz que Lula contemplou "caciques" e esqueceu bancadas

Para ele, o diálogo com as bancadas é o caminho para o governo obter mais facilidade na Câmara e no Senado, "coisa que eu acho que o PT desaprendeu a fazer"

O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) afirmou ao O POVO que a adesão ao governo por parte de partidos como PSD, MDB e União Brasil, que totalizam nove ministérios na Esplanada de Lula, não se concretiza na prática, na Câmara dos Deputados e no Senado porque as discussões das indicações para os ministérios não foram feitas pelos partidos.

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"Foram atendidos alguns caciques, ou algumas lideranças, (de modo) individual, sem levar em consideração o conjunto das bancadas", avaliou Forte. "O problema é esse." O União Brasil tem três ministérios no governo: Comunicações, Turismo e Integração Nacional.

Conforme o parlamentar, então, a relação fica difícil porque "alguns poucos" foram contemplados e a relação governo-Congresso não é mais mediada pela liberação de emendas, já que a transformação do orçamento impositivo "diminuiu a incidência do toma-lá-dá-cá".

"Então, a forma agora é o diálogo e a capacidade de construir no debate, com humildade, chamando as bancadas, coisa que eu acho que o PT desaprendeu a fazer", criticou o parlamentar. 

Forte é relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pelo governo à Câmara dos Deputados. Reservadamente, um parlamentar criticou a escolha ao O POVO como mais um dos erros da parte política do governo. O argumento central foi de que Forte votou em Jair Bolsonaro (PL) para presidente. 

A LDO antecede a LOA. Como o nome indica, ela estabelece as diretrizes de como o dinheiro público deverá ser gasto no ano seguinte. A LOA, por sua vez, traz consigo receitas e despesas de modo mais detalhado.

Em abril, Forte brigou via WhatsApp com um cacique, Luciano Bivar (PE), presidente do partido dele. O cearense cobrou a prestação de contas recursos do fundo partidário encaminhados à direção da legenda. O União deve receber mais de R$ 100 milhões neste ano.

“Ética e honradez são princípios inegáveis, estou à disposição do líder para auditar o que achares necessário”, continuou Forte. Bivar então disse que Forte estaria de saída do partido, pedindo-lhe que retirasse o pino da granada e a colocasse no próprio bolso. 

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