Operação Venire: Quem são os alvos da PF na ação contra Bolsonaro

Ex-presidente e ex-primeira-dama Michelle são alvos de operação e assessores próximos de Bolsonaro foram presos

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira, 3, operação sobre a inclusão de dados falsos de vacinação contra covid-19, no sistema do Ministério da Saúde, envolvendo pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). São cumpridos mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). Aparelhos de telefone celular foram apreendidos.

Chegaram a ser cumpridos seis mandados de prisão, inclusive contra assessores próximos de Bolsonaro.

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Veja quem são os alvos de mandados de busca e apreensão:

  1. Jair Bolsonaro
  2. Michelle Bolsonaro
  3. Ailton Gonçalves Moraes Barros
  4. Camila Paulino Alves Soares
  5. Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva
  6. Eduardo Crespo Alves
  7. Farley Vinicius Alcântara
  8. Gabriela Santiago Ribeiro Cid
  9. Gutemberg Reis de Oliveira
  10. João Carlos de Sousa Brecha
  11. Luis Marcos dos Reis
  12. Marcello Moraes Siciliano
  13. Marcelo Costa Camara
  14. Marcelo Fernandes de Holand
  15. Max Guilherme Machado de Moura
  16. Sergio Rocha Cordeiro

Seis pessoas foram presas. Os nomes de quatro foram divulgados:

  1. tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  2. Max Guilherme, policial militar e segurança de Bolsonaro
  3. capitão do Exército Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro
  4. João Carlos de Sousa Brecha, secretário municipal de Duque de Caxias (RJ)

A PF faz buscas na casa do ex-presidente Bolsonaro. Batizada Venire, a operação 16 endereços em Brasília e no Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas no bojo do inquérito das milícias digitais, que tramita sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, as inserções falsas sob suspeita se deram, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, e "tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários".

A corporação indica que, com a alteração, foi possível a emissão de certificados de vacinação com seu respectivo uso para burla de restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia.

"A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19", indica a PF.

A ofensiva aberta nesta quarta mira supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Segundo a PF, o nome da operação, Venire, tem relação com o "princípio Venire contra factum proprium", principio base do Direito Civil e do Direito Internacional, "que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa". "Significa 'vir contra seus próprios atos, ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos'", informou a corporação. 

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