Como a imprensa internacional noticiou operação da PF na casa de Bolsonaro

A operação, batizada de "Venire", cumpriu mandados de prisão preventiva e 16 ordens de busca e apreensão em Brasília e Rio de Janeiro

Veículos de imprensa internacionais repercutiram a operação deflagrada nesta quarta-feira, 3, pela Polícia Federal, com foco no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a fim de apurar suposta inserção de dados falsos sobre a vacinação dele contra a Covid-19 e de sua filha adolescente.

A operação, batizada de "Venire", cumpriu mandados de prisão preventiva e 16 ordens de busca e apreensão em Brasília e Rio de Janeiro.

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Foram presos seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, junto de mais dois ex-seguranças Max Guilherme e Sergio Cordeiro, além do secretário de Cultura e Turismo do município de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha, suspeito de ter feito a falsificação nas carteiras de vacinação.

Investigações diversas

"A investigação da vacina é uma das muitas que colocam o ex-líder de extrema-direita sob pressão, incluindo investigações sobre suposta supressão de votos, ataques à legitimidade das eleições brasileiras e desvio de presentes estrangeiros", diz reportagem da agência de notícias britânica Reuters.

Perda de direitos políticos

O jornal inglês The Guardian também reportou o ocorrido, e ressaltou que Mauro Cid, preso no início da manhã, é conhecido por ser o "braço direito" de Bolsonaro.

"O político de extrema direita repetidamente minou os esforços de contenção e vacinação contra uma doença que ele descartou como uma 'pequena gripe'", diz o texto. "Espera-se que o populista de 68 anos perca seus direitos políticos nas próximas semanas", continua.

A reportagem também destaca que o ex-presidente enfrentou uma condenação internacional por seu tratamento "imprudente e anticientífico" em relação à pandemia do coronavírus.

Contra vacinas

A BBC News, veículo de mídia também britânico, publicou matéria em que diz que "Bolsonaro é um oponente vocal das vacinas contra a covid", e que "repetidamente espalha informações falsas sobre a vacina e seus supostos efeitos colaterais". O site relembrou a associação que o ex-chefe de Estado brasileiro fez entre as vacinas contra a covid-19 e o vírus da Aids durante transmissão nas redes sociais em 2021.

Falsificação

O jornal americano Washington Post chama Bolsonaro de "um cético de vacinas de longa data". Destaca ainda que "em dezembro, logo depois que Bolsonaro perdeu a eleição, diz a polícia brasileira, seu status de vacina foi falsificado para dizer que o ex-presidente havia sido vacinado. No final de dezembro, ele fugiu para a Flórida, nos Estados Unidos, que permite a entrada de cidadãos não vacinados".

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