Janja vai liderar recepção no Planalto a embaixadora dos EUA na ONU
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, será responsável pela recepção à embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield. As duas terão um encontro a sós no Palácio do Planalto às 15h30.
A diplomata visita o Brasil após o desconforto causado entre autoridades americanas com declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra na Ucrânia. Primeiramente, o petista igualou as responsabilidades de Rússia e Ucrânia pelo conflito, o que foi entendido pela Casa Branca como um alinhamento a Moscou. Ele também afirmou que Estados Unidos e União Europeia teriam interesse na continuidade do conflito. Depois, Lula modulou o discurso ao renovar a condenação à invasão territorial por parte da Rússia.
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Não há previsão de o presidente se encontrar com Linda Thomas-Greenfield, que fica no Brasil até a próxima quinta-feira. Na seara das relações exteriores, Lula tem hoje reuniões com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e com o presidente da Argentina, Alberto Fernández.
De acordo com a embaixada americana no Brasil, a representante dos Estados Unidos na ONU vai discutir com as autoridades brasileiras a "promoção da democracia e cooperação multilateral", além do combate às mudanças climáticas e segurança alimentar. A assessoria de imprensa da primeira-dama brasileira afirmou em nota que ela e Linda vão tratar sobre a promoção da igualdade de raça e gênero, a segurança alimentar e "outros temas relevantes em pauta na ONU".
Janja tem ganhado espaço no governo Lula. Recentemente, teve papel decisivo no recuo do governo sobre o cerco ao e-commerce online. O ministro da Fazenda, Fernanda Haddad, pretendia acabar com a isenção de impostos de importações de pessoas físicas para ajudar no cenário fiscal, mas voltou atrás por ordem de Lula após Janja apresentar ao presidente a repercussão negativa nas redes sociais. Ela também teve papel determinante na demissão do general Gonçalves Dias do GSI, como mostrou o Estadão.
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