No 1º de maio, Lula critica juros altos

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez nesta segunda-feira, 1º de maio, novas críticas à taxa de juros no País que, segundo ele, é responsável, em parte, "pela situação que vivemos hoje", em referência ao desemprego. A crítica faz parte dos embates que perduram há meses entre o governo federal e o Banco Central, sob comando de Roberto Campos Neto.

"Não podemos viver em um País onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego, porque ela é responsável por uma parte da situação que vivemos hoje", declarou o presidente da República, em ato do Dia do Trabalhador no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

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Lula esteve acompanhado dos ministros do Trabalho, Luiz Marinho, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, das Mulheres, Cida Gonçalves, e da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.

Estava prevista também a presença do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mas ela não se confirmou.

No discurso, Lula agradeceu às centrais sindicais por terem dado a ele novo mandato para "consertar o País". De acordo com ele, a missão de sua nova gestão é mostrar que o Brasil pode voltar a sorrir. "O povo não vai permanecer vítima do ódio", disse. "Não podemos viver em um País em que a escola e o emprego não são levados a sério."

As críticas à taxa de juros tiveram forte espaço no ato. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou que "a partir de amanhã [terça-feira], o movimento sindical estará em luta permanente pela redução da taxa de juros no País".

Assim como outras lideranças, ele elogiou as medidas de Lula e seus 100 primeiros dias de governo.

Estudo para isenção do IR da PLR dos trabalhadores

O presidente Lula afirmou ainda nesta segunda-feira que o governo estuda isentar da cobrança do Imposto de Renda a participação nos lucros paga aos trabalhadores. Segundo Lula, o assunto está sendo analisado pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Ele chamou de "absurdo" o pagamento de imposto sobre a PLR.

"Se o patrão não paga imposto de renda sobre lucro e dividendo, porque os trabalhadores têm que pagar imposto no PLR? Estamos estudando, quem sabe para o próximo ano. O trabalhador não pode pagar imposto de renda sobre a participação dele no lucro da empresa", reclamou o presidente durante discurso no ato unificado das centrais sindicais.

Lula afirmou que o fim da cobrança do imposto foi um pedido das centrais em reunião com ele e com Haddad.

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