Termina prisão temporária de Carlomano e ele segue internado sem escolta policial

Apesar de não estar mais acompanhado da polícia, o prefeito segue afastado do cargo por 180 dias

Acabou na última quinta-feira, 28, o prazo da prisão temporária do prefeito afastado de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB). Ele foi preso, junto de outras 22 pessoas, entre secretários e funcionários da prefeitura, no dia 18 de abril. As prisões ocorreram na operação Polímata, realizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil.

Conforme a defesa do prefeito, feita pelo advogado Leandro Vasquez, o gestor está em liberdade e já não está sob escolta policial. Carlomano, no entanto, segue internado em uma unidade de terapia intensiva de um hospital em Fortaleza.

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Ele foi levado à unidade logo após ser abordado pelos policiais que cumpriam o mandado de prisão. Poucos dias após ser internado, precisou ser levado para a UTI por, segundo laudo médico, passar por uma uma piora na função renal. Hipertenso e portador de sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC), ele está internado com quadro de insuficiência cardíaca causado por uma pneumonia.

Quando a prisão temporária ainda estava em curso, o advogado encaminhou à desembargadora Vanja Fontenele, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), um pedido para revogação da prisão. “Considerando que os fundamentos que justificariam a prorrogação da prisão temporária de Carlomano não mais subsistem, bem como que permanece delicado o estado de saúde do peticionante, é que se requer a revogação da medida extrema”, diz na petição.

O advogado postula ainda que “de forma alguma seja decretada a sua prisão preventiva, caso venha a ser requerida pelo Ministério Público”. Enquanto estava internado, Carlomano chegou a prestar esclarecimentos e , conforme a defesa, o gestor teria colaborado com a Justiça na oitiva realizada por membros da Procap.

Apesar de não está mais acompanhado da polícia, o prefeito segue afastado do cargo já que a Justiça determinou o afastamento dele e de oito secretários das funções por 180 dias. No lugar de Carlomano, assumiu o vice-prefeito Rafael Marques (MDB), sobrinho do gestor. 

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