Anderson Torres alega "drástica piora" psiquiátrica e depoimento na PF é cancelado

O ex-ministro no governo de Jair Bolsonaro (PL) seria ouvido nesta segunda-feira, 24, pela PF, pela terceira vez

17:06 | Abr. 24, 2023

Por: Filipe Pereira
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi cancelado pela Polícia Federal após a defesa alegar questões médicas. Os advogados defendem que uma “drástica piora” emocional, cognitiva e psiquiátrica de Torres não recomenda a participação de audiências, no momento. 

Mais informações ao vivo:

Anderson Torres está preso há 100 dias no batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa do Distrito Federal, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre o papel de autoridades nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

O ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL) seria ouvido, nesta segunda-feira, 24, pela terceira vez. Segundo apuração do O Globo, o pedido já foi atendido pela corporação. Uma nova data ainda não foi definida. 

De acordo com a defesa de Torres, uma psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal atestou a impossibilidade de o ex-ministro da Justiça de “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas durante uma semana”.

Os advogados alegam que a decisão de Moraes em manter a prisão de Torres tem agravado sua situação. O quadro depressivo levou ao aumento das doses diárias de medicamentos, segundo a defesa.

O pedido de revogação da prisão preventiva do ex-ministro afirma que, desde que foi preso, ele "entrou em estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos". Também menciona que a mãe dele passa por um tratamento de câncer e que as filhas passaram a receber acompanhamento psicológico.

Anderson iria depor na tarde desta segunda-feira, 14, às 14 horas. Ele estaria em condição de testemunha para prestar esclarecimentos sobre o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atrapalhar a votação de eleitores de Lula no segundo turno das eleições de 2022, especialmente na região Nordeste.