Lula diz que tomará decisões sobre o GSI quando voltar ao Brasil

Lula cumpre agenda em Lisboa e ainda deve retornar ao Brasil no meio da semana que vem. Petista também comentou que eventual CPMI dos atos golpistas cabe ao Congresso Nacional

Durante agenda em Portugal, neste sábado, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que tomará decisões acerca do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) quando retornar ao Brasil. O GSI foi palco da primeira queda de ministro do governo Lula, após o general Gonçalves Dias ser flagrado por câmeras do Palácio do Planalto interagindo com golpistas durante os ataques de 8 de janeiro.

Em coletiva, o presidente evitou comentar o caso e sinalizou querer focar na agenda internacional, mas disse que “sobre o GSI, que é da minha responsabilidade, quando eu voltar, vou tomar a decisão que achar mais importante para o Brasil”.

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Atualmente, o órgão é comandado interinamente por Ricardo Cappelli. Ele assumiu o posto após a saída de Gonçalves Dias. 

Lula cumpre agenda em Lisboa e ainda deve ir à Espanha antes de retornar ao Brasil no meio da semana que vem.

Questionado sobre se pretende manter o GSI e, em caso positivo, se seria comandado por um militar ou por um civil, Lula evitou entrar no tema.

"Essas perguntas sobre o Brasil; seria tão bom que fossem feitas para mim quando eu voltasse ao Brasil, porque fazer uma viagem a Portugal, fazer acordos com Portugal, discutir assuntos de interesse do mundo, e não só dos nossos países, e, depois, eu ficar respondendo perguntas sobre problemas internos do Brasil, não é muito justo para quem vai nos ouvir", pontuou.

O petista também falou brevemente sobre a possibilidade de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas.

"CPMI é questão do Congresso Nacional, ele decide a hora que ele quiser decidir, faça a hora que quiser fazer. O presidente não vota no Congresso Nacional", afirmou. É esperado que a CPMI seja lida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), já na semana que vem.

Proposta pelo deputado federal cearense André Fernandes (PL-CE), a CPMI sofria resistência da base governista, que entendia que a comissão seria utilizada por opositores para desgastar a imagem do governo.

No entanto, após o vídeo vazado do ministro do GSI com golpistas, membros da base mudaram o discurso e passaram a ser favoráveis à CPMI.

Em depoimento à Polícia Federal (PF), na sexta-feira, 21, Gonçalves Dias alegou que não tem qualquer responsabilidade sobre os atos golpistas em Brasília. O militar prestou depoimento por cerca de cinco horas, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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