Bolsonaro intervém por indicação do filho para CPMI do 8 de janeiro

Segundo o jornal O Globo, o ex-presidente teria telefonado diretamente para líderes do PL para emplacar Eduardo Bolsonaro em uma das três vagas do partido na comissão

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria articulado pessoalmente a indicação de um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para ocupar uma das três vagas reservadas ao PL na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará atos golpistas de 8 de janeiro. A informação é do jornal O Globo.

Segundo o jornal, a indicação deve ocorrer embora caciques do partido apostassem em Nikolas Ferreira (PL-MG) para a posição. Além de Eduardo, serão indicados pelo PL o cearense André Fernandes (PL) – que pleiteia a presidência do grupo – e o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Ainda de acordo com o jornal fluminense, a indicação de Eduardo chegou a ser negada pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ). Para parte da bancada do PL, a participação do filho do presidente na CPMI acabaria beneficiando a base de Lula (PT), que tem reforçado a vinculação dos atos de 8 de janeiro com o bolsonarismo.

A resistência, no entanto, foi “derrubada” após telefonema direto de Jair Bolsonaro à cúpula do PL. A oposição tenta emplacar tese de que o próprio governo teria atuado com conivência diante de ameaças de ataques em Brasília. O discurso acabou potencializado após a divulgação de imagens de que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, estava no Planalto durante a invasão de sedes dos Três Poderes.

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Jair Bolsonaro Eduardo Bolsonaro CPMI dos atos golpistas 8 de janeiro

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