Tasso sobre Taxa do Lixo: "Não é boa, mas é necessária para uma coleta de lixo adequada"
Ex-senador disse que ainda aumentos como o do ICMS, no governo do Ceará, é "inevitável" para que governos de Elmano e também o de Lula cumpram promessas
18:47 | Abr. 20, 2023
O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) defendeu que, embora não seja boa, a cobrança da Taxa do Lixo em Fortaleza é necessária pelo tamanho da cidade. Ele afirmou ainda que o aumento dos impostos estaduais e federais é 'inevitável' para "fechar a conta" dos governos petistas.
“É difícil para eu analisar, acho que a Taxa de Lixo praticamente todas as grandes cidades têm, se tornou uma realidade. Toda taxa não é cômoda, não é boa, mas é uma realidade para uma cidade do tamanho de Fortaleza, quando é uma realidade em outras cidades do Brasil”, disse ao O POVO.
Questionado se é procedente o argumento da administração José Sarto (PDT) de que a taxa é obrigação estabelecida pelo Marco Legal do Saneamento, que teve Tasso como senador, ele disse que prefere não discutir a questão do ponto de vista da obrigação legal. O ex-senador considera que a cobrança vai viabilizar uma coleta de “qualidade” e deve impactar positivamente a saúde da população e em questões sanitárias.
“Eu não vou nem no aspecto legal, que é uma obrigação do marco, eu vou naquilo é absolutamente necessária a cobrança da taxa para se conseguir fazer uma coleta de lixo adequada com todas aqueles pré-requisitos”, ressaltou.
Ainda sobre as novas cobranças instituídas, Tasso também disse que é "inevitável" o aumento dos impostos estaduais e federais diante de “promessas”, fazendo menção aos governos dos petistas Elmano de Freitas, em nível estadual, e Luiz Inácio Lula da Silva, em âmbito federal. Os dois são foram alvo de críticas do tucano sobre a defesa de medidas econômicas, como a mudança do regime de incentivo fiscal, pedida por Elmano, e o embate do Governo Federal com o Banco Central.
“Agora do ponto de vista estadual e do federal, em função das promessas que estão sendo colocadas, esse aumento de tributação geral é inevitável, ela vai acontecer no Estado e no País e, se não, nós não vamos conseguir fechar a conta”, afirmou.
Em março, Tasso disse não ver movimentação do governador em atração de empresas e em investimentos. O tucano afirmou, na época, ter escutado críticas do empresariado sobre o pacote econômico enviado para a Assembleia Legislativa, que pedia a redução dos incentivos fiscais e o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Posteriormente, Elmano pediu a revogação da medida que criava o Fundo Estadual de Sustentabilidade Fiscal (Fesf), que, na prática, significava uma redução dos incentivos fiscais às indústrias no Ceará.