Quem é Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI que aparece com golpistas durante ataques do 8 de janeiro

No fim da tarde desta quarta-feira, 19, o tenente-general pediu demissão do cargo após a repercussão de um vídeo em que aparece no Palácio do Planalto durante o 8 de janeiro ao lado de invasores golpistas

18:49 | Abr. 19, 2023

Por: Luíza Vieira
Ministro chefe do GSI do governo Lula pede demissão (foto: Ricardo Stuckert / PR)

Marco Edson Gonçalves Dias, agora ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI, foi anunciado para compor a equipe do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro de 2022, ainda durante o período de transição.

Contudo, no fim da tarde desta quarta-feira, 19, o tenente-general pediu demissão do cargo após a repercussão de um vídeo no qual ele aparece no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro ao lado de alguns dos invasores golpistas.

No início da tarde desta quarta-feira, 19, o ministro informou que não participaria da audiência na Câmara dos Deputados devido a um problema de saúde.

O anúncio da ausência de Gonçalves à audiência se deu após a divulgação de imagens que mostram o ministro caminhando sozinho pelo terceiro andar do edifício, próximo ao gabinete da Presidência, onde adentra em seguida.

Posteriormente, o ministro aparece próximo a invasores e, segundo a CNN, as imagens sinalizam que ele e outros integrantes do GSI indicaram a saída de emergência para o grupo de vândalos.

Nascido em 1950, na cidade de Americana, em São Paulo, Gonçalves Dias já trabalhou na segurança pessoal de Lula durante as gestões de 2003 e 2009 como secretário de Segurança da Presidência da República. Ele voltou a atuar na segurança do petista durante a campanha eleitoral para Presidência da República em 2022.

O então ministro também colaborou no governo Dilma Rousseff (PT), atuando na 6° Região Militar, responsável pela administração de pessoal e logística do exército da Bahia. No entanto, foi afastado da função após receber de um bolo de aniversário de policiais que estavam em greve no estado.

Ainda assim, o general ocupou o cargo de chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional de Dilma.