Prefeito Carlomano Marques e 8 secretários são presos em Pacatuba

Foram cumpridos 23 mandados de prisão, inclusive contra empresários. Os gestores públicos estão afastados das funções por seis meses

O prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), e oito secretários municipais foram presos acusados de irregularidade em contratação de empresas.

Foram presos os seguintes secretários municipais:

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  1. Educação
  2. Saúde
  3. Segurança, Defesa Civil e Patrimonial
  4. Infraestrutura e Meio Ambiente
  5. Assistência Social
  6. Cultura
  7. Desenvolvimento Agrário
  8. Desenvolvimento Econômico.

Também foram presos funcionários do Gabinete do Prefeito e da Procuradoria Geral do Município, além de ex-gestores municipais, além de empresários que tinham contrato com a Prefeitura por dispensa de licitação. No total, foram cumpridos 23 mandados de prisão.

O prefeito afastado Carlomano Marques é médico cirurgião e foi deputado estadual por sete mandatos e muitas polêmicas.

Afastamentos e contratos encerrados

A Justiça afastou os gestores das funções por 180 dias e determinou o encerramento imediato dos contratos da Prefeitura com empresas e pessoas físicas investigadas. 

As prisões ocorrem na operação Polímata, realizada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil.

A operação cumpriu 37 mandados de busca e apreensão nos municípios de Pacatuba, Caucaia, Fortaleza, Horizonte e Iguatu. Foram apreendidos cerca de R$ 400 mil em dinheiro e três carros de luxo.

Operação do Ministério Público e da Polícia Civil na Prefeitura de Pacatuba. Prefeito Carlomano Marques foi preso
Operação do Ministério Público e da Polícia Civil na Prefeitura de Pacatuba. Prefeito Carlomano Marques foi preso (Foto: Divulgação/MPCE)

As denúncias

A operação Polímata investiga dispensas de licitação em secretarias e órgãos da Prefeitura de Pacatuba, principalmente nos anos de 2021 e 2022. Foram identificados R$ 19 milhões em despesas sem licitação para atividades diversas. Foram contratados fornecedores, inclusive pessoas físicas. De acordo com o Ministério Público, haveria indicativo de ausência de capacidade dos contratados de executar a finalidade para a qual foram contratados.

Nome da operação

Conforme o Ministério Público, "Polímata" vem do grego Polymaths e significa "aquele que aprendeu muito".

O termo é utilizado para designar alguém que domina várias áreas de conhecimento. A investigação trata justamente de fornecedores contratados para serviços muito diversos, que exigiriam grande variedade de conhecimentos e estrutura operacional, o que não foi identificado durante as investigações.

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