Relembre as polêmicas envolvendo Carlos Bolsonaro, de saída das redes sociais do pai

Nos últimos anos, o deputado tem acumulado uma série de polêmicas, que envolvem desde a relação turbulenta com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, até suspeitas de rachadinha

16:26 | Abr. 17, 2023

Por: Filipe Pereira
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (foto: Mauro PIMENTEL / AFP )

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou as redes sociais neste domingo, 16, para anunciar que deixará de administrar as redes sociais do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação, o parlamentar escreveu em tom de desabafo que "em breve chegará o fim deste ciclo de vida".

O episódio revela os bastidores de uma relação conflituosa com o ex-presidente. Nos últimos anos, o vereador tem acumulado uma série de polêmicas, que envolve desde a relação turbulenta com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, até acusações de rachadinha no gabinete

Relembre as polêmicas envolvendo o político:

Carlos Bolsonaro chama Bebbiano de mentiroso

Em 2019, o vereador afirmou nas redes sociais que o então ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, era mentiroso. Após um dia de rumores no Palácio do Planalto de que protagonizava uma nova crise do governo de Jair Bolsonaro, o ministro negou que seria motivo de instabilidade no executivo e disse que esteve com o presidente da República três vezes, versão desmentida por Carlos. 

"Ontem estive 24 horas do dia ao lado do meu pai e afirmo: É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano (sic) que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista", disse o vereador no Twtitter.

Críticas ao vice-presidente Hamilton Mourão

O vereador carioca atacou o então vice-presidente Hamilton Mourão e sugeriu que ele estaria sendo desleal ao seu pai, o então presidente Jair Bolsonaro. Carlos reproduziu trecho de um convite para uma palestra com Mourão na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. No texto, o atual senador é apontado como “voz da razão e moderação” de um governo mergulhado em crise. “Se não visse, não acreditaria que aceitou com tais termos. Este jogo está muito claro”, escreveu o parlamentar no Twitter.

Mensagens golpistas

Carlos chegou a afirmar, no Twitter, que a transformação que o Brasil quer não será rápida por vias democráticas. "Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!", escreveu. 

Michelle Bolsonaro e marido no Instagram 

O fato de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se seguirem no Instagram foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, após o segundo turno das eleições de 2023. 

O administrador das redes sociais de Bolsonaro ainda era o vereador Carlos Bolsonaro. Ele não tem uma boa relação com Michelle e os dois não se seguem nas redes sociais, apesar de a ex-primeira-dama seguir Eduardo e Flávio Bolsonaro.

Publicação golpista nas redes sociais de Bolsonaro

A colunista do O Globo Bela Megale afirmou que família de Bolsonaro culpa Carlos pela postagem golpista feita no perfil do ex-presidente no Facebook. O conteúdo foi responsável por incluir o ex-presidente em investigação sobre a autoria intelectual dos atos terroristas de 8 de janeiro. O material, compartilhado no Facebook de Bolsonaro, foi reproduzido dois dias depois da invasão do 8 de janeiro que depredou os prédios dos Três Poderes. 

Rachadinha

O Ministério Público investiga se Carlos Bolsonaro recebeu de volta parte dos salários de funcionários que trabalharam em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, onde é vereador desde 2001. É o mesmo tipo de crime pelo qual também é investigado o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o irmão mais velho de Carlos.

O Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro analisar a movimentação de mais de 30 contas bancárias possivelmente utilizadas pelo vereador, na suspeita de “rachadinha”, como é chamado o esquema de corrupção pelo qual possivelmente foram desviadas verbas públicas que deveriam ser usadas para pagar funcionários da Câmara Municipal do RJ.