Polícia cumpre mandados contra suspeitos de tentar ataque a bomba em Brasília

Cearense acusado de participação no crime teve a prisão decretada, mas segue foragido

A Polícia Civil do Distrito Federal e do Pará cumpriram seis mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira, 14, em operação que investiga a tentativa de explosão de uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no final do ano passado. A Operação Artificium ocorreu nas cidades de Redenção, São Félix do Xingu, Marabá e Xinguara, localizadas no estado do Pará. Os policiais buscaram documentos, aparelhos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos vinculados aos suspeitos.

O caso começou a ser investigado após a prisão em flagrante de George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ser o responsável pela montagem do equipamento explosivo, alegando que queria "provocar o caos" em protesto contra a eleição do presidente Lula (PT). Com o avanço das investigações, a polícia chegou a mais dois suspeitos, o cearense Wellington Macedo de Souza e Allan Diego dos Santos Rodrigues.

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Os três foram acusados pelo crime de explosão  - "expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". Allan Diego se entregou à polícia no dia 17 de janeiro e confirmou que colocou a bomba no caminhão-tanque.

Nesta semana, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) reforçou o pedido de condenação de Wellington, que permanece foragido há mais de três meses. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa. O MPDFT pede que haja aumento de 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.

Segundo a polícia, após a conclusão do inquérito, uma nova investigação foi aberta a fim de verificar a participação de mais pessoas no crime. Caso seja comprovado o envolvimento dos demais investigados, eles poderão responder pelos crimes de incêndio, explosão e organização ou associação criminosa, com penas que, somadas, chegam a 24 anos de prisão.

Cearense envolvido

Wellington Macedo é natural de Sobral, jornalista e foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, entre fevereiro e outubro de 2019. O blogueiro foi alvo de 59 ações por danos morais movidas por políticos e servidores da rede de ensino municipal de Sobral, por conta da série de reportagens "Educação do Mal". Em 2021, Wellington chegou a ser preso pela participação nos atos de 7 de setembro após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por incitar violência e atos golpistas.

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