"É pra lavar a alma da gente", diz Gleisi sobre possível inelegibilidade de Bolsonaro

O MPE defendeu a suspensão dos direitos políticos do ex-mandatário, o que, em tese, resultaria na ilegibilidade de Bolsonaro por oito anos

19:43 | Abr. 13, 2023

Por: Luíza Vieira
PRESIDENTE do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

“Bolsonaro ficar inelegível é tipo pra lavar a alma da gente. Um alívio não ver esse homem concorrendo a cargo público. Sem anistia pra golpista!”, escreveu Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua conta oficial do Twitter na tarde desta quinta-feira, 13.

Bolsonaro ficar inelegível é tipo pra lavar a alma da gente. Um alívio não ver esse homem concorrendo a cargo público. Sem anistia pra golpista!

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 13, 2023

A menção faz referência á possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficar inelegível. A ação está pronta para ser julgada no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aguarda que o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, anuncie seu voto e solicite a inclusão em pauta. O processo tem previsão de ser concluído até o início de maio e, caso Bolsonaro seja condenado, ficará inelegível.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu a suspensão dos direitos políticos do ex-mandatário, o que, em tese, resultaria na ilegibilidade de Bolsonaro por oito anos. O parecer do órgão era uma das últimas etapas da ação sobre a reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, em setembro de 2022.

O processo ocorre em decorrência de acusações do ex-mandatário contra a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. A ação corre com rapidez, o que é comum na Justiça Eleitoral. De acordo com um levantamento realizado pelo Justiça em Números, em 2020, o tempo médio de tramitação dos processos na esfera eleitoral foi de três meses, enquanto em 2018, foi de dez meses (período eleitoral, quando a demanda é maior).

A ação chegou ao TSE em agosto do ano passado por meio de uma acusação feita pelo PDT. A sigla aponta que Bolsonaro utilizou a posição no Executivo e a estrutura do governo para difundir informações falsas sobre as urnas eletrônicas e para fazer campanha eleitoral.