Kim Kataguiri diz que 100 dias de Bolsonaro foram melhores que os de Lula

Segundo o parlamentar, nesse mesmo intervalo de tempo, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha alguns avanços importantes, como o debate em torno da reforma da Previdência, aprovada em 2019.

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil - SP) fez nesta segunda-feira uma avaliação negativa dos primeiros 100 dias do governo Lula. Em entrevista ao programa O POVO News, ele apontou uma série de falhas da atual gestão, como aumento do desemprego e da inflação, chegou a afirmar que, nesse mesmo intervalo de tempo, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha alguns avanços importantes, como o debate em torno da reforma da Previdência, aprovada em 2019.

"Eu acho que pelo menos nos 100 dias do governo Bolsonaro ainda teve um avanço sobre a principal reforma da legislatura passada, que foi a reforma previdenciária. Claro que depois da reforma o governo foi o mais absoluto desastre, fiz oposição durante três anos justamente em razão dos escândalos de corrupção e também do autoritarismo pregado pelo ex-presidente, mas comparativamente aos 100 primeiros dias em que o governo Bolsonaro também teve uma bateção de cabeça, também teve confusão entre os ministérios, também teve dificuldade pra construir uma base aliada, mas tinha já tinha uma base que já discutia a principal reforma da legislatura passada", argumentou o parlamentar.

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Já durante evento nesta segunda, ao lado de seus ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que seu otimismo "não é exagerado" e que, ao contrário, é preciso governar com confiança. De acordo com o presidente, se a gestão focar no que o mercado e o Fundo Monetário Internacional (FMI) pensam e nas perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB), "é melhor desistir".

"Se a gente for governar pensando nisso, é melhor desistir. É importante que essa gente fale para que a gente faça diferente do que eles falam", disse o presidente, em reunião ministerial nesta segunda-feira, 10, de balanço sobre os 100 primeiros dias de governo, completos hoje. "Temos hoje mais capacidade do que as pessoas que vêm ao governo pela primeira vez." De acordo com levantamento feito pelo Palácio do Planalto, neste período, foram realizadas cerca de 250 políticas públicas e ações pelo governo Lula 3, tais como nas áreas de combate à fome, infraestrutura, saúde, equidade de gênero, educação, meio ambiente e política externa.

Em um discurso contra as críticas negativas recebidas pelo governo, o chefe do Executivo pediu para que se agradeça as pessoas que falam mal da gestão. "Agradeçam as pessoas que acham que o Brasil não vai bem", disse.

"Em 2023, já empenhamos R$ 3,3 bilhões em rodovias", pontuou, comparando investimentos do governo atual com o anterior, sob o comando do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula afirmou que poderia classificar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, "como rei do otimismo do governo". "A cada lugar que ministro da Agricultura passa, abre-se nova contratação de frigorífico brasileiro." De acordo com o presidente, "é assim que a gente tem que ser", brincando que até o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está otimista com Fávaro.

Em críticas à gestão anterior, Lula disse que nunca na história do País, "um presidente da República tinha tratado os entes federados com tanto desrespeito como foram tratados governadores, prefeitos, senadores e deputados mesmo com orçamento secreto". "Da outra vez, recebi um governo de companheiro democrata, que tinha marca de civilidade", em referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De olho nas novas medidas de governo, Lula disse não saber "o que está acontecendo com Previdência, mas já acabamos com a fila um dia". No discurso, ele também falou da importância da democracia. Em meio às críticas a Bolsonaro, Lula disse que, no Palácio do Planalto, será obrigada a apresentação do cartão de vacina contra a covid-19. "Vou terminar essa reunião e fazer o exame de covid para ir à China", pontuou. O embarque do presidente está previsto para ocorrer na terça-feira, 11, pela manhã. Em sua avaliação, o país asiático está correto ao cobrar testes de covid.

"O Brasil voltou, e voltou a ter governo", destacou. "O Brasil voltou para conciliar crescimento econômico e social, para ser um país sem fome; voltou a cuidar do que era urgente e inadiável, cuidar do seu povo." Segundo Lula, não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido "sob as ruínas da fome e ataques à democracia".

(com agência Estado)

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