Inquérito contra André Fernandes no STF é prorrogado por Moraes

Deputado cearense é investigado por divulgar os atos golpistas de 8 de janeiro

O inquérito a que o deputado federal cearense André Fernandes (PL) responde no Supremo Tribunal Federal (STF) foi prorrogado por 60 dias. A decisão é do relator, ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar é investigado por incentivo e divulgação, nas redes sociais, aos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

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"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 60 (sessenta) dias o presente inquérito. Comunique-se à autoridade policial. Ciência à Procuradoria-Geral da República. Publique-se", diz o despacho de Moraes.

O inquérito contra Fernandes foi aberto dias após os atos golpistas, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que investiga executores, financiadores e "autores intelectuais" dos atos em que manifestantes extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Fernandes é autor de um pedido de comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre o 8 de janeiro. O parlamentar tem salientado a necessidade de investigar a suposta omissão de agentes do governo, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

Indícios contra Fernandes

Ao pedir a abertura do inquérito contra Fernandes, a PGR mencionou publicação feita pelo deputado no dia 8 de janeiro. Ele publicou a foto de uma porta arrancada, com o nome de Moraes escrito. Fernandes colocou a legenda: "Quem rir, vai preso".

A Procuradoria aponta ainda que, dias antes, Fernandes publicou vídeo convocando os manifestantes para participar do protesto. Na legenda, ele escreveu: "Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá". Apesar do teor da publicação, Fernandes disse que não participou do ato e nem estava em Brasília.

Ambas as publicações foram apagadas. "Até o momento era um ato legítimo, não chamei ninguém, não convidei ninguém (...) não estava em Brasília, não participei, não convoquei ninguém, não sabia que ia ter quebra quebra, nem vandalismo", disse pelas redes sociais na época.

Ao O POVO, Fernandes justificou na época ter apagado a publicação para "não gerar confusão". "Não apoio e nunca apoiei invasões e depredações, coisa que a esquerda sempre fez. Apenas divulguei exatamente como a imprensa estava divulgando", afirmou.

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