Ex-ministro de Bolsonaro é suspeito de organizar bloqueios para impedir nordestinos de votar
A intenção do ex-ministro Anderson Torres, segundo a colunista, seria prejudicar os eleitores do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), é investigado pela Polícia Federal por suspeita de articular bloqueios ao fluxo de eleitores em ida à Bahia. O plano teria sido traçado às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
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Segundo informação do blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, com argumento reforçar a atuação da Polícia Federal (PF) contra supostos crimes eleitorais, como compra de votos, Torres teria ido à Bahia para pedir à superintendência local da PF para que a corporação atuasse em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na fiscalização de rodovias durante o pleito.
A intenção, segundo a colunista, seria prejudicar os eleitores do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ida do ex-ministro teria impressionado investigadores da PF e sido entendida como pressão para favorecer Bolsonaro com o uso da máquina pública.
Além disso, a superintendência local teria ignorado o pedido do então ministro de Bolsonaro. Torres está preso desde 14 de janeiro, investigado por suspeita de omissão e conivência com os ataques a Brasília no dia 8 de janeiro, quando já era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Na casa dele, ainda foi encontrada uma minuta de um golpe de Estado. O ex-ministro nega as acusações.
Em 2022, os bloqueios em diferentes estradas pelo País continuaram mesmo após a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar as vias. Motivados pela vitória de Lula nas urnas, manifestantes fecharam rodovias e pedem que os atos continuem para "impedir o comunismo de chegar ao poder".
Em novembro do ano passado, o coordenador de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Cristiano Vasconcellos, afirmou que a corporação articula operações para efetuar a prisão de líderes golpistas que bloqueiam estradas em todo o País desde o final do segundo turno das eleições, no dia 30 de outubro.
Segundo Vasconcellos, o núcleo de inteligência da PRF trabalha na busca para identificar e fazer levantamentos de possíveis lideranças. Como a operação ainda está em “planejamento”, não é possível confirmar quais estados será realizada a ação.