Papa diz que Lula foi condenado "sem provas" e elogia Dilma: "Uma mulher de mãos limpas"

Em entrevista ao canal de TV argentino “C5N”, o papa Francisco afirmou que Lula (PT) foi condenado sem provas na Operação Lava Jato, em 2018.

“A Lula lo condenaron sin pruebas (Lula foi condenado sem provas)”, avaliou o sumo-pontífice nessa quinta-feira, 30.

Segundo ele, o petista, que chegou a cumprir 580 dias de prisão na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, era então um alvo de “lawfare”, ou seja, do emprego dos mecanismos da justiça a fim de prejudicar adversários.

“O ‘lawfare’ abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo”, respondeu o religioso na entrevista.

Em 2021, o STF anulou os processos contra Lula depois de considerar parcial o ex-juiz Sergio Moro, que atuava na 13ª Vara Federal da Justiça no Paraná.

O papa também se referiu à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a quem chamou de “uma mulher de mãos limpas” e “uma excelente mulher”.

Francisco declarou que “não puderam”, no caso de Dilma, encontrar a comprovação de um crime sequer para afastá-la da Presidência – a então chefe do Executivo sofreu impeachment em 2016.

A conversa com o jornalista Gustavo Sylvestre foi realizada antes de o papa ser internado por problemas respiratórios.