Janones admite que chamou Nikolas Ferreira de "chupetinha", mas nega homofobia

O comentário ofensivo aconteceu durante audiência que ouviu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O deputado federal André Janones (Avante-mg) admitiu nesta quarta-feira, 29, que foi o responsável por chamar o deputado Nikolas Ferreiras (PL-MG) de "chupetinha", durante conturbada sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, realizada ontem com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. 

"Ninguém teve coragem de dizer quem foi que chamou o deputado 'chupeta' de 'chupetinha'. Quem usou essa expressão fui eu, e continuarei fazendo", afirmou Janones durante reunião de hoje da CCJ.

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Mais cedo, pelas redes sociais, o deputado explicou o uso do termo e negou que tenha sido homofóbico. Segundo ele, o apelido foi dado pelo youtuber Felipe Neto e tem relação com supostas posturas infantis de Nikolas. "É importante explicitar que de fato, o apelido chupeta, até onde sei, não tem qualquer relação com a orientação sexual do deputado bolsonarista. Até ele se eleger representante do sindicato LGBTQIA+ de ontem pra hoje, pra declarar-se vítima de homofobia. O apelido foi dado pelo amigo @felipeneto, uma vez que apesar de ter quase 30 anos de idade, aparenta ser uma criança, fisicamente, nas atitudes e nas mudanças repentinas de voz, como se vivesse uma puberdade tardia".

Entenda a confusão:

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), durante audiência na CCJ, teve uma de suas falas interrompidas e pedia para retomar a palavra, quando é chamado de "chupetinha". O deputado federal e presidente da sessão, Rui Falcão (PT-SP), foi acusado de ter proferido a expressão, o que não é verdade. O autor da fala foi o deputado André Janones.

"Deixa o deputado falar", iniciou o presidente da CCJ. Após o deputado bolsonarista questionar se podia continuar, uma voz fala "vai, chupetinha". Indignado, Nikolas rebate: "Pera aí, presidente. Aí eu não compreendi". "'Pode continuar', eu falei", disse Falcão.

Em entrevista ao Uol, Falcão afirmou: "Nikolas sabe que não fui eu, queremos identificar quem foi. Ouvi, mas não vi quem falou". No momento, o microfone do deputado petista de fato estava desligado, e a agressão foi no mesmo instante em que o petista pedia para Nikolas falar. O deputado André Janones assumiu que usou a expressão, mas negou que tenha sido homofóbico. 

 

O comentário aconteceu durante audiência que ouviu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Os parlamentares pediram que Dino esclarecesse, por exemplo, questões sobre mudanças na política de controle de armas do governo federal, além das ações adotadas pelo Ministério nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.

O ministro da Justiça chegou foi alvo de diversos questionamentos de bolsonaristas na Câmara. Também na CCJ, Dino entrou em embate com o deputado federal André Fernandes (PL) após o parlamentar reproduzir um possível elo entre o PCC e o PT, partido de Lula. 

 

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