Sarto reúne vereadores da base; maior parte da bancada do PL participa

O gestor reuniu a base aliada e fez acenos para tentar consolidar o apoio do PL

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), promoveu, na última segunda-feira, 27, um almoço com vereadores da base aliada e de parlamentares de legendas em ritmo de aproximação, como o PL.

Oficialmente, a pauta do encontro foi apresentar detalhes das ações que serão realizadas a partir de financiamentos nacionais e internacionais da ordem de R$ 2,1 bilhões, após conseguir o aval da Câmara Municipal (CMFor) nas últimas semanas. A reunião, no entanto, também aconteceu para fortalecer o apoio dos vereadores em um momento de pressão com a saída de nomes da base do gestor.

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Presidente da Câmara, e ex-líder do governo de Sarto, Gardel Rolim (PDT) definiu que o momento funcionou como uma “reunião da base aliada para alinhar estrategicamente os projetos". O parlamentar projetou que o grupo de vereadores deve se manter unido até o fim do mandato de seu correligionário.

“Foi um diálogo entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo de alinhamento, de afinamento, para o prefeito Sarto mostrar os principais projetos e fortalecer essa base que deverá estar junto até o final do primeiro mandato do prefeito Sarto”, ressaltou.

Gardel afirmou que houve uma "demonstração" do pedetista por ter incluindo a reunião a presença de secretários “à disposição em atender os colegas vereadores para escutar demandas da população”.

Entre as legendas presentes estavam parte do PDT, PSDB, PSD e PSB, além do PL, recém incluída como parte do gestão, com a ida de Raimundo Gomes Matos para a presidência da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). Filho do ex-deputado, Pedro Matos (PL) confirmou a aproximação da legenda com a gestão do prefeito e demonstrou otimismo com o comando de uma pasta no Executivo.

O parlamentar deixou aberta possibilidade de apoio a Sarto na corrida pelo Paço Municipal em 2024, destacando que a questão só será pautada ano que vem.

“Quanto à questão do partido, só o futuro é que vai dizer. As relações estão se iniciando, mas a gente fica na expectativa de fazer um bom trabalho com o PL à frente desta pasta. E ano que vem, ano eleitoral, é que se discutirá essas composições de alianças”, ressaltou.

Pedro Matos detalhou que a indicação do pai passou também pelo deputado federal Júnior Mano (PL), ex-líder da bancada cearense na Câmara dos Deputados, com quem Sarto teve agenda em fevereiro.

“O deputado vinha comentando dessa possibilidade, falou com o doutor Acilon (Gonçalves, presidente estadual do PL) e lembraram do nome do doutor Raimundo por essa vivência e era um nome a se compor”, ressaltou.

Líder estadual do partido, Acilon Gonçalves, confirmou o convite, mas destacou, na semana passada, que o cargo não gera "compromisso" e que a legenda vai tentar uma candidatura própria.

Convite não foi para todos

Pedro Matos afirmou que os convidados foram favoráveis aos pedidos de empréstimo feitos pelo prefeito nas últimas semanas. Ele destacou o agradecimento de Sarto pela “parceria”.

Líder do Governo na Câmara Municipal, o vereador Carlos Mesquita (PDT) afirmou que foram convidados quem tinha “interesse” em conhecer as propostas. O parlamentar comentou o afastamento de alguns nomes da base do prefeito e mencionou movimentações para as eleições futuras.

“Entendo que cada político trabalha para ter votos ou manter os que já tem. Os que têm na linha de manter política precisam ter um time e bom jogadores, todos fazem isso aqui comandando seu rebanho até quem critica”, destacou.

Da oposição, a vereadora Adriana Nossa Cara (Psol) ressaltou que não houve convite e que a ala “não fazia questão”, mas criticou não haver diálogo com o secretariado.

“Essa gestão tem um problema gravíssimo de diálogo, honesto e transparente, que é dever do prefeito. Nós não fazemos questão de estarmos nesse almoço porque não é nosso perfil, mas a gente faz questão de ter resposta da base do Governo”, disse.

Adriana teceu críticas ainda a pauta do encontro, a aplicação dos empréstimos aprovados pela Câmara. Em sua visão, o investimento é uma movimentação para a reeleição, assim como a entrada do PL na base seria para “compensar” a saída de nomes da base aliada do prefeito.

"Na nossa visão, esses empréstimos foram pedidos para alimentar uma base do prefeito nas comunidades porque ele está desesperado para se reeleger. Ele sabe que com a fama que ele está hoje precisa criar esses rearranjos para entrar mais recursos para ele fazer as obras deles em alguns territórios para apresentar na sua reeleição”, destacou.

Nesta terça-feira, 28, a vereadora Estrela Barros (Rede) anunciou que deixou a base aliada do prefeito. Estrela afirmou que a decisão surgiu após ter “sofrido retaliações” por ter votado contra o projeto da Taxa de Lixo.

A parlamentar é a quinta vereadora a deixar a gestão, seguindo o mesmo caminho dos vereadores Eudes Bringel (PSB), Leo Couto (PSB), Enfermeira Ana Paula (PDT) e Júlio Brizzi (PDT), todos ausentes da reunião. 

De acordo com o prefeito, mais de 300 mil pessoas serão beneficiadas pelas iniciativas. A gestão argumenta que os investimentos serão nas áreas mais vulneráveis da Cidade, para gerar infraestrutura e urbanização, além de melhorias nas condições de moradia.

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