Professores pressionam governo do Ceará por reajuste e cogitam paralisação

Categoria reivindica novo piso do magistério

Com a proximidade da definição do reajuste salarial dos professores da rede pública do Ceará, cresce a pressão da categoria sobre o governo Elmano de Freitas (PT). O sindicato Apeoc, que representa os professores da rede estadual, divulgou calendário de mobilização da campanha salarial, com possibilidade de paralisação no dia 26 de abril, caso as negociações não avancem. Os professores reivindicam o reajuste concedido no piso nacional do magistério, de 14,95%.

O governo sinalizou reunião com representantes dos professores para 4 ou 5 de abril, quando se espera definição do percentual a ser concedido. A promessa de reunião para tomar a decisão ocorreu após protesto realizado em 22 de março, quando pelo menos 14 municípios tiveram suas aulas paralisadas.

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“Nós entendemos que é hora do governo Elmano apresentar concretamente uma proposta, finalizando o processo de negociação, apresentando uma proposta que possa ir ao encontro da imposição que nós entendemos que é legal e que é moral, ou seja, aplicar o piso de 14,95% na carreira dos professores da rede estadual, garantindo a retroatividade, garantindo a sua extensão para ativos e aposentados”, ressaltou o presidente do sindicato Apeoc, Anízio Melo.

Segundo ele, caso o diálogo com o governo não avance, será convocada uma assembleia geral em todo o Estado e uma nova paralisação será realizada no dia 26 de abril, com ato no Palácio da Abolição.

Campanha salarial

Em janeiro, o ministro da Educação Camilo Santana (PT) anunciou o novo piso salarial do magistério, com reajuste de 14,95% e remuneração inicial de R$ 4.420,55. Ainda no mesmo mês, o governador Elmano de Freitas confirmou que concederá o aumento, mas sem definir prazo para pagar.

Os profissionais da rede estadual também reivindicam valorização dos servidores da educação, fim da taxação dos aposentados, convocação do cadastro reserva do concurso para a Secretaria da Educação, entre outras pautas.

Segundo a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), mais de 100 municípios cearenses anunciaram o reajuste, com maioria aderindo ao percentual estabelecido pelo MEC. Na capital, os professores conquistaram o aumento do piso salarial após paralisações e impasses com a Prefeitura de Fortaleza, iniciando com 5,79% em janeiro e projetando chegar aos 14;95% a partir de setembro.

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