Bolsonaro divulga data e hora de retorno ao Brasil: "Mesmo sem mandato, não estou aposentado"

Jair Bolsonaro afirmou que terá reunião com sua legenda, o Partido Liberal (PL), quando voltar ao Brasil.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que voltará ao Brasil no dia 30 de março, na quinta-feira, às 7h15min da manhã. Ele tem planos de se reunir com o Partido Liberal para discutir “estratégias” para seu futuro na política.

Ao comentar sobre sua volta ao Brasil, Bolsonaro se referiu aos planos da organização criminosa PCC para atacar o senador Sérgio Moro (União Brasil). A entrevista ocorreu no programa Pânico, da Jovem Pan News. “Semana passada, antes de aparecer esse problema desse plano de me sequestrar e sequestrar o senador (Moro), eu já tinha comprado a passagem para quarta-feira à noite com previsão de pousar às 7h15min de quinta-feira em Brasília”, afirmou o ex-presidente.

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Bolsonaro acrescentou: “Mesmo sem mandato, não estou aposentado”. “No momento, eu estou sem mandato, mas não estou aposentado. Vou me reunir com o partido e nós vamos ver qual é a nossa estratégia. Não pelo partido, mas pelo país, como nós podemos melhor nos apresentar para o Brasil”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente utilizou o espaço para fazer críticas ao PT e à esquerda brasileira, afirmando que "os melhores estados do Brasil são aqueles em que o PT não passou”.

“Quais deveriam ser os melhores estados do Brasil? Tinha que ser o Nordeste, onde a esquerda domina há aproximadamente 20 anos, e é exatamente o contrário. Onde é que está o erro? É questão da administração! (...) Então você começa a ver quem administra esses estados em 15, 20 anos e vê que a esquerda não está em um bom caminho. (...) Os melhores estados do Brasil são aqueles em que o PT não passou”, afirmou Bolsonaro.

“A gente está vendo que, lamentavelmente, estamos entrando em um buraco que pode ser difícil de sair. Chega no ponto de uma Venezuela da vida, você não sai mais”, afirmou Bolsonaro.

O governador do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), também foi citado durante a entrevista. “Tarcísio é um excelente profissional, (...) ele tem um QI privilegiado, excelente gestor que não tinha experiência política, entrou na política, foi descoberto", disse.

"O que eu vejo, daqui de fora, é que ele está fazendo um muito bom trabalho em São Paulo, é uma liderança que fica no radar de todo mundo e não tem ambição pelo poder”, acrescentou Bolsonaro ao responder se ainda pretende se eleger ou se pretende colocar outro nome na liderança da direita brasileira.

Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil está entrando em um buraco do qual “pode ser difícil de sair”. “Muitos brasileiros estão vindo para cá porque estão desesperançados do nosso Brasil. E agora, podia está diferente? Podia. Se cuidasse desse outro lado da política brasileira.

O ex-presidente foi questionado sobre a declaração do escritor Paulo Coelho, que se arrepende de ter participado da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, e afirmou que seu mandato à frente do governo federal está “patético”.

Segundo Bolsonaro, “outros artistas têm o reflexo da Lei Rouanet, entre coleguinhas ali e achavam que poderiam continuar sendo feliz (...) Então essas pessoas aí foram na raivinha”.

“Eu vejo o pessoal do dinheiro que ganhou dinheiro comigo, viu que podia ganhar mais com o Lula, esses outros artistas têm o reflexo da Lei Rouanet, entre coleguinhas ali e achavam que poderiam continuar sendo feliz, a economia não perdoa jamais e se um país onde a economia não roda, vai faltar dinheiro pra todo mundo”, afirmou.

“Então essas pessoas aí foram na raivinha de ‘ah o capitão, tem fama de truculento, sem educação, é ditador, quer dar um golpe’. Se eu quisesse dar um golpe, teria dado enquanto era presidente, né, mas jamais passou pela minha cabeça”, acrescentou Bolsonaro.

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