Lula assina decreto e diz que a pauta de costumes não pode derrotar a política cultural

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na noite desta quinta-feira, 23, incentivos públicos aos projetos culturais e a existência do Ministério da Cultura. "Que o governo nunca mais ouse desmontar a experiência e a prática cultural do povo brasileiro", disse, durante evento no Teatro Municipal do Rio.

Acompanhado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, Lula assinou o decreto que restabelece regras da Lei Rouanet e outros incentivos aos projetos culturais. "Vão dizer que a mamata voltou, que a farra voltou, que o gasto desnecessário voltou. Vocês não devem ficar quietos. A gente não pode permitir que a pauta de costumes possa derrotar a política cultural desse País", recomendou.

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No início do discurso, que durou apenas dois minutos, ele justificou a fala curta com bom humor. "Vocês nunca me viram sair de um evento sem falar. Hoje eu estou com a garganta muito ruim e não quero usar a palavra porque eu tenho que embarcar para a China no sábado de manhã e eu preciso estar com a garganta boa para conversar com o Xi Jinping", afirmou, referindo-se ao encontro que terá com o presidente da China.

Nesta sexta, 24, a assessoria do presidente anunciou que a viagem do presidente à China, prevista para sábado, 25, foi adiada para domingo, dia 26. De acordo com nota, Lula está com pneumonia leve.

No evento desta quinta, Lula estava acompanhado pela mulher, Rosângela Lula da Silva, a Janja, e o evento foi prestigiado por vários artistas, como José de Abreu e Antônio Pitanga.

A ministra Margareth Menezes exaltou iniciativas culturais do governo e a recriação do Ministério da Cultura.

Durante o evento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a petrolífera vai ampliar o patrocínio de projetos culturais. "Estamos hoje a menos de 10% do investimento em cultura, patrocínios, da Petrobras. Vamos voltar para a média do seu governo (das duas gestões anteriores)", afirmou. "Todas as empresas, lideradas pela Petrobras, devem voltar a valorizar a cultura", completou.

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