Sérgio Moro faz pronunciamento e aponta ousadia de facções criminosas

O senador afirmou que soube da elaboração do plano em meados de janeiro

O senador Sérgio Moro foi à tribuna do Senado na tarde desta quarta-feira, 22, para falar sobre o plano de execução contra ele elaborado por integrantes da facção criminosa PCC. Moro afirmou que soube da elaboração do plano em meados de janeiro e estava ciente da investigação contra o grupo. Ao saber da articulação do plano, algumas medidas foram tomadas, como o reforço da segurança dele e da família.

"Cada vez mais essas organizações criminosas crescem e vão se tornando ousadas”, afirmou. “Não estamos falando de algo trivial, um plano para matar um senador da República, ex-ministro da Justiça, ex-juiz da Operação Lava-Jato”, disse.

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Parlamentares da Casa prestaram solidariedade ao senador. Moro pontuou que, desde o ano de 2016, o crime organizado foi responsável pela morte de três policiais penais federais. Segundo ele, as fatalidades ocorrem por dois motivos: “Um, retaliação. Dois, para mandar uma mensagem. ‘Não mexam conosco porque tem um preço a pagar”, completou.

Como alternativa para conter os atos de violência contra as autoridades públicas, o senador protocolou projeto de lei que aumenta o rigor e elabora medidas para deter o crime organizado. “O Brasil não vai ser vencido pelo crime, nós vamos reagir”, continuou.

A Polícia Federal desarticulou na tarde desta quarta-feira, 22, o plano do PCC para matar o senador. A tentativa de atentado a Moro consistia em sequestrar e matar Moro e soltar Marcola, um dos líderes da facção criminosa.

Moro afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi responsável pela transferências das lideranças do PCC para presídios federais no início de 2019, mudanças que deveriam ter sido feitas em 2006.

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