Após protesto de professores, governo do Ceará marca data para definir reajuste

A Secretaria da Educação afirma que os estudantes não serão prejudicados pela movimentação da categoria

Ficou marcada para o início de abril a reunião entre membros do governo do Ceará e do sindicato Apeoc, que representa os professores da rede estadual, para definir o reajuste do piso do magistério. Nesta quarta-feira, 22, os profissionais da educação realizaram paralisação em pelo menos 14 municípios para pressionar a gestão do governador Elmano de Freitas (PT) a enviar o projeto de lei à Assembleia Legislativa (Alece) que promova o reajuste de 14,95% no piso salarial da categoria.

O encontro ficou marcado entre os dias 4 ou 5 de abril, carecendo ainda de confirmação quanto a data específica. Isso porque o governador deve estar na comitiva que vai acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à China marcada para o fim deste mês.

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O líder do Governo, Romeu Aldigueri (PDT) garantiu que a reunião vai acontecer quando o chefe do Executivo retornar do compromisso. Em reunião entre o sindicato e parlamentares nesta quarta, o deputado reforçou que a mesa vai ter representantes de “todo Governo”, como da Procuradoria Geral, Casa Civil, Secretaria de Educação (Seduc) e Secretaria de Planejamento (Seplag).

“O governador já deu sinalizações formais que irá cumprir com o piso e que irá negociar com a categoria, nós temos uma mesa de negociação aberta”, ressaltou Aldigueri. A expectativa, segundo ele, é que o grupo consiga chegar em um "denominador comum". Elmano, logo após o anúncio do Ministério da Educação, confirmou que o Estado vai repassar o reajuste do piso dos professores.

“Nós queremos o dia 4, para que seja mais rápido. Estarei fechando isso com o líder e o governo até segunda-feira, mas o fato é que haverá a reunião da mesa geral, o Governo apresentará sua posição neste dia. Esperamos uma resposta concreta para nossa reivindicação de piso na carreira, 14,95% para todos ativos e aposentados, retroativo a nossa carreira”, ressaltou o presidente do sindicato, Anízio Melo.

Segundo ele, já há indicativo de uma nova paralisação no dia 26 de abril, seguindo o calendário nacional, com foco na questão local. No movimento desta quarta, os profissionais da Região Metropolitana de Fortaleza se reuniram em frente à Assembleia, enquanto os professores locados no interior marcaram presença nas Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Credes).

Paralisações

Cerca de 200 escolas tiveram as atividades paralisadas em 14 municípios: Baturité,
Brejo Santo, Icó, Juazeiro do Norte, Russas, Crato, Iguatu, Tauá, Itapipoca, Camocim, Sobral, Quixadá e Maracanaú, além de Fortaleza.

Por meio de nota, a Seduc ressaltou que, nas unidades em que “podem estar ocorrendo paralisações” , não haverá prejuízo para a aprendizagem dos alunos e os 200 dias letivos serão cumpridos.

“O cumprimento do piso dos professores faz parte do compromisso do Governo do Ceará com a categoria. As tratativas para a implantação, como repercussão na carreira, seguem em andamento com reuniões da mesa de negociação formada por representantes das Secretarias da Educação, da Fazenda e de Planejamento e do Sindicato Apeoc”, disse a secretaria no texto.

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