Sergio Moro era um dos alvos de facção criminosa que planejava sequestrar e matar autoridades
O ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que a PF investiga plano de homicídios contra autoridades e que o órgão realiza prisões e buscas em estados da federação
11:29 | Mar. 22, 2023
O senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) informou ser um dos alvos de grupo criminoso que pretendia sequestrar e matar agentes públicos e autoridades em alguns estados brasileiros. Operação da Polícia Federal (PF) foi realizada nesta quarta-feira, 22, para desarticular o plano. Além de Moro, um promotor de Justiça era alvo do mesmo grupo.
Moro prometeu fazer um pronunciamento sobre o assunto na tarde desta quarta-feira. “Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado”, comentou.
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que a PF investiga o plano de homicídios e que o órgão realiza prisões e buscas em estados da federação. Entretanto, nem Dino nem a PF confirmaram oficialmente os nomes dos alvos do grupo criminoso, apenas que dentre estes estariam um senador e um promotor.
Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e…
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 22, 2023O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em São Paulo, era um dos alvos da organização criminosa. Gakiya atua no combate a facções criminosas há anos e foi responsável pelas transferências de chefes desses grupos para presídios federais. A informação de que Gakiya estava entre os alvos, foi divulgada pela Folha.
Além dos homicídios, a PF destacou que o grupo pretendia praticar extorsão, mediante sequestro, e que as ações ocorreriam em pelo menos cinco unidades da federação, sendo elas: Roraima, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Cerca de 120 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
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