Dilma não devolveu rede, travessa e outros itens incorporados ao acervo pessoal, aponta TCU
Durante o mandato, a ex-presidente incorporou mais de 140 itens ao seu acervo pessoalUm levantamento realizado pela CNN com informações do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) incorporou ao seu acervo pessoal cerca de 144 itens de valor que foram recebidos em cerimônias no exterior entre os anos de 2011 e 2016, período em que esteve no cargo de presidente da República.
Em 2016, um acórdão determinou que os 144 objetos fossem encontrados e, em resposta ao TCU, a Administração da Presidência da República afirmou, em 2019, que apenas 6 desses itens não foram localizados.
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Em 2020, a unidade técnica da União voltou a afirmar que os artefatos recebidos pela ex-presidente não foram localizados. Após tentativas de resgatar os objetos, que tem valor estimado de R$ 4.873, o Acórdão decidiu dispensar a cobrança. “Em relação à ex-presidente Dilma Rousseff, em que pesem as tentativas de cobrança, não consta do processo o recolhimento do montante indicado”, indicou o órgão, em 2020.
Ao tomar a decisão de suspender a cobrança, o TCU levou em consideração o fato de que os seis objetos incorporados ao acervo do ex-presidente eram de baixa materialidade. “Assim, como o total relativo aos bens faltantes da ex-presidente Dilma Rousseff era de baixa materialidade, não cabia ao TCU a cobrança desse valor”, explicou o tribunal.
Dentre os objetos que não foram pagos nem devolvidos por Dilma, destacam-se uma rede de descanso, dois relógios de mesa e um painel em tapeçaria (medindo 162,5 x 110 cm). Além destes, outros itens também foram incorporados ao acervo, como uma travessa de madeira do fabricante Muskoka e uma pintura de tecido (medindo 88x68cm) retratando mulher negra com pote na cabeça e filho nas costas, com inscrição “Povo Hereiro”.