"Nacionalidade não importa", diz Lula após retomada do "Mais Médicos"

Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos

14:58 | Mar. 20, 2023

Por: Filipe Pereira
 Lula faz uma série de críticas aos métodos da Operação Lava Jato (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Lula participou, na manhã desta segunda-feira 20, da solenidade de retomada do programa "Mais Médicos". O petista discursou no sentido de destacar os novos objetivos do programa, que conta com novas diretrizes para priorizar médicos brasileiros que tenham financiado os estudos pelo Fies, evitando críticas pelo volume de profissionais estrangeiros.

“Queremos que todos os médicos que se inscrevam sejam brasileiros formados adequadamente. Se não tiver, vamos dar oportunidade a brasileiros formados no exterior ou estrangeiros que atuem no Brasil. Se ainda não tiver, faremos um chamamento para que médicos estrangeiros ocupem essa tarefa", disse Lula. 

O presidente acrescentou: “O que importa não é saber a nacionalidade do médico, e sim a do paciente, que é um brasileiro precisando de atendimento.” Lula ressaltou que o programa foi essencial para pessoas das pequenas e médias cidades do país.

Lançado no governo Dilma Rousseff (PT), o programa causou polêmica em parte da comunidade médica brasileira pela alta contratação de profissionais cubanos. A iniciativa, no entanto, foi desmontada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acusava o PT de dar dinheiro a Cuba, classificada por ele de ditadura comunista. Na gestão anterior, o programa deu lugar ao "Médicos pelo Brasil".

Com a promessa de dar prioridade para brasileiros e com atuação de outros profissionais da área de saúde como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais nas equipes, o Ministério da Saúde retomou o antigo programa, agora batizado de "Mais Saúde para o Brasil"