Uso de equipamento de espionagem pela Abin no governo Bolsonaro vira alvo da PF

Abin teria usado, sem qualquer protocolo oficial, uma ferramenta para monitorar os passos e a localização de até 10 mil proprietários de celulares

A Polícia Federal (PF) instaurou nesta quinta-feira, 16, um inquérito policial para apurar o eventual uso de um sistema secreto de monitoramento da localização de cidadãos em todo o território nacional operado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A abertura da investigação se deu após requisição do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A PF ainda disse que as informações obtidas pela Abin nesse monitoramento só podem ser acessadas, segundo a lei, por polícias judiciárias, mediante autorização judicial.

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Segundo reportagem do jornal O Globo, durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria usado, sem qualquer protocolo oficial, uma ferramenta chamada "FirstMile" para monitorar os passos e a localização de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses.

O monitoramento era possível em aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para localizar um indivíduo, bastava digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última localização.

Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o "FirstMile'"se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de descolamento do dono do celular. De acordo com a reportagem, era possível ainda criar alertas em tempo real para determinado tipo de movimentação.

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