Camilo anuncia consulta pública sobre Novo Ensino Médio, em meio a pressão por revogação

Medida foi publicada em portaria na última quinta-feira, no Diário Oficial da União, e dá prazo de 90 dias para as manifestações; no último dia 15, estudantes foram às ruas protestar contra o modelo

O ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou a abertura de uma consulta pública para “reavaliação do Novo Ensino Médio (NEM)”, modelo aprovado por lei em 2017, na gestão Michel Temer (MDB), e que começou a ser implementado, de forma gradual, nas escolas brasileiras desde o ano passado.

“Apostamos no diálogo para reavaliação do Novo Ensino Médio. Por isso, o MEC abriu uma consulta pública, com audiências, seminários e pesquisas junto a estudantes, professores e gestores para debater a pauta de forma democrática. Além disso, o MEC irá recompor o Fórum Nacional de Educação, reintegrando entidades e movimentos populares a esse importante debate sobre o futuro da nossa educação”, publicou o ministro nas redes sociais.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

A medida foi publicada em portaria neste mês, no Diário Oficial da União, e dá prazo de 90 dias para as manifestações, com possibilidade de prorrogação. O posicionamento do Ministério da Educação (MEC) ocorreu no último dia 15, mesma data em que estudantes de todo o País foram às ruas protestar contra o modelo e pedir sua revogação. Mais de 50 cidades registraram atos nesse sentido.

Com o novo modelo, disciplinas tradicionais foram segmentadas em “áreas de conhecimento” (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática). Os estudantes poderão montar a própria trajetória, escolhendo áreas para se aprofundar (itinerários formativos), mas além dos conteúdos eletivos, terão que cumprir carga horária obrigatória em determinadas áreas do conhecimento, como português e matemática.

Na prática, o NEM eleva a carga horária e muda a distribuição de disciplinas. O modelo é criticado por entidades estudantis e grupos ligados a trabalhadores da Educação que pedem a "revogação do modelo" e argumentam a falta de infraestrutura de escolas públicas, falta de prioridade às disciplinas tradicionais e falta de discussão com todos os setores envolvidos.

Já entre os que são favoráveis, como secretarias de educação e organizações ligadas à área argumenta-se que o modelo garante mais tempo em sala de aula e torna o ensino médio mais atrativo para estudantes e que isso pode reverberar na diminuição da evasão.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Novo Ensino Médio Ministério da Educação MEC Camilo Santana Educação Educação brasileira Michel Temer Brasil Ceará Fortaleza NEM consulta pública Brasília governo Lula presidente Lula entidades estudantis estudantes professores sala de aula Congresso Nacional

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar